Entenda o que a enxaqueca provoca no cérebro e por que a dor é tão intensa

A enxaqueca é uma forma de cefaleia neurovascular, ou seja, uma condição em que eventos nos neurônios levam à dilatação dos vasos sanguíneos, causando dor.² Embora existam diferentes teorias para explicar sua origem, hoje entende-se que as abordagens vascular e neurogênica são complementares.²

As informações mais atuais indicam que a crise se inicia com a ativação de uma rede de nervos no cérebro, que culmina na sensibilização do sistema trigeminovascular.⁴ Esse sistema é formado por fibras nervosas que se originam no nervo trigêmio e que se espalham pelos vasos sanguíneos da duramáter, uma das membranas que revestem o cérebro.²

Durante uma crise, essas fibras liberam substâncias que provocam uma resposta inflamatória na duramáter que por sua vez aumentam a sensibilidade das fibras a estímulos que antes não eram dolorosos, como a própria pulsação dos vasos sanguíneos.²

A dor característica da enxaqueca, descrita como forte, latejante ou pulsátil, piora com as atividades do dia a dia e pode durar de 4 a 72 horas.³

Essa sensação dolorosa é mediada justamente pela sensibilização das fibras do sistema trigeminovascular por causa da inflamação meníngea.²

Além disso, o cérebro de pessoas com enxaqueca parece ser mais hiperexcitável, seja por fatores genéticos, como alterações em canais de cálcio, ou por fatores externos, como estresse e mudanças hormonais.²

Uma crise de enxaqueca pode ser dividida em até quatro fases, que podem ocorrer em sequência ou se sobrepor: prodrômica, aura, dor de cabeça e posdrômica.⁴

A fase prodrômica se manifesta de 24 a 48 horas antes da dor de cabeça, com sintomas como bocejos, rigidez no pescoço, irritabilidade ou desejo por alimentos específicos.^4,5

A fase de aura, que ocorre em cerca de um terço dos pacientes, é marcada por sintomas neurológicos transitórios.^4,5

Segue-se a fase de dor de cabeça, caracterizada pela dor unilateral, pulsátil e de intensidade moderada a extrema.⁴

Por fim, a fase posdrômica é a menos estudada, mas pode incluir sintomas como cansaço, fraqueza muscular e dificuldade de concentração.⁴

A enxaqueca com aura é um tipo de crise que, além da dor de cabeça intensa, provoca alterações visuais prévias, como a percepção de pontos luminosos ou cintilantes, flashes de luz ou visão embaçada.⁵

Além dos sintomas visuais, também podem ocorrer alterações sensitivas, dificuldade para falar, náuseas e transpiração excessiva.⁵

Essa aura é, na verdade, um conjunto de sintomas neurológicos que se desenvolvem gradualmente ao longo de, no mínimo, 5 minutos e que duram até 60 minutos.³ Ela geralmente precede a dor de cabeça, servindo como um aviso de que a crise está para começar.^1,5

O tratamento da enxaqueca deve ser feito com orientação de um neurologista ou clínico geral, com o objetivo de aliviar a dor de cabeça e evitar novas crises.⁵

Nas unidades de urgência, os objetivos do tratamento são o alívio da dor e a exclusão de cefaleias secundárias (causadas por outras condições).³

Além do tratamento medicamentoso indicado pelo médico, é muito importante ter bons hábitos diários, como dormir pelo menos 7 horas, evitar situações de muito estresse e praticar exercício físico regularmente.⁵

Para aliviar a dor de cabeça moderada a intensa durante uma crise, o neurologista pode indicar diferentes medicamentos.⁵ Entre as opções utilizadas está a dipirona.⁶

Um estudo clínico multicêntrico, randomizado e controlado por placebo avaliou a eficácia e a segurança de 1g de dipirona em crises agudas de enxaqueca (com ou sem aura).⁶ O estudo, que incluiu pacientes com dor moderada ou severa, demonstrou uma melhora significativa da dor com o uso da dipirona em todos os momentos avaliados (1, 2, 4 e 24 horas após a administração).⁶

Quando as crises de enxaqueca ocorrem mais de duas vezes por mês, o médico pode indicar medicamentos para evitar futuros episódios.⁵ As opções incluem betabloqueadores, antidepressivos e anticonvulsivantes.⁵

Novalgina® tem como princípio ativo a dipirona monoidratada, sendo um medicamento indicado como analgésico (para dor) e antitérmico (para febre).⁷ Conforme demonstrado em estudos, a dipirona é uma opção eficaz para o alívio de dores de cabeça intensas, como as da enxaqueca.⁶

Com tempo médio de início de ação de 30 a 60 minutos após a administração, Novalgina® 1g pode ser uma aliada no tratamento das crises de dor.⁷

A enxaqueca é uma condição que pode ser muito desconfortável e afetar bastante a vida cotidiana.¹

Embora a enxaqueca com aura especificamente não coloque a vida em risco, sua ocorrência frequente tem sido associada a um maior risco de depressão, transtorno bipolar e AVC, especialmente em mulheres fumantes ou que utilizam contraceptivos hormonais.⁵

As crises de enxaqueca podem afetar muito a vida cotidiana, com algumas pessoas tendo episódios ocasionais, enquanto outras podem ser incapacitadas por elas vários dias no mês.¹ Por isso, é fundamental buscar orientação médica para um diagnóstico correto e um plano de tratamento adequado, que pode incluir diferentes tipos de medicamentos para lidar com a condição.¹

Embora a condição possa ser desafiadora, entender suas causas e opções de tratamento é o primeiro passo para encontrar alívio e melhorar sua qualidade de vida. Continue navegando no blog para saber mais sobre o alívio da dor e da febre.