Primeiras vacinas do bebê: quais são e a importância delas

 10 min

Assunto 

  • Bem-Estar
Bebê sorridente, no colo da mãe, com um adesivo no braço logo depois de tomar ser vacinada

Quando o bebê chega ao mundo, o amor vem acompanhado de muitas responsabilidades, e uma das principais é garantir que ele receba todas as vacinas essenciais para protegê-lo de doenças graves. Por isso, é importante saber quais são as primeiras vacinas do bebê e não perder as datas estabelecidas para cada uma delas. 

Lembre-se: vacinar é essencial e pode salvar vidas!1 Portanto, mantenha a carteirinha de vacinação sempre atualizada. Em caso de dúvidas, fale com o médico ou vá a um posto de saúde. 

Neste artigo, você vai encontrar um guia prático sobre as primeiras vacinas do bebê para consultar sempre que precisar, além de dicas de como deixar os pequenos mais confortáveis nesse momento. 

Calendário Nacional de Vacinação

O calendário nacional das vacinas é estabelecido pelo Programa Nacional de Imunizações (PNI), do Ministério da Saúde. Fazem parte desse calendário vacinas para todas as idades, desde os recém-nascidos aos adultos.1  

Vale ressaltar que a vacinação é uma prática segura e que estimula o sistema imunológico a proteger o bebê, a criança ou o adulto contra uma série de doenças, diversas delas até fatais.1  

Quais são as primeiras vacinas que um bebê deve tomar?

A vacinação deve ser iniciada assim que a criança nasce, e há casos que a imunização pode se estender por toda a vida.1  

As vacinas do PNI estão disponíveis gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Além disso, quem opta por pagar pelos imunizantes pode se vacinar na rede privada, que segue o calendário determinado pela Sociedade Brasileira de Imunologia (SBIm). Esse calendário inclui as vacinas listadas no PNI e outras.2 

Abaixo, veja quais são as vacinas que seu bebê deve tomar nos primeiros 15 meses de vida

Ao nascer

A vacinação deve ser iniciada logo no nascimento. São dois imunizantes nesse momento:3  

Vacina BCG (dose única)

A BCG é a primeira vacina do bebê e deve ser aplicada já na hora do nascimento. Ela protege contra a tuberculose.3  

Hepatite B (dose única)

A vacina contra hepatite B também deve ser feita já ao nascimento.3 

2 meses

Adulto segurando bebê dormindo, acariciando sua sobrancelha com a ponta do dedo indicador.

Depois dessas primeiras vacinas, o bebê volta a receber imunizantes aos 2 meses de idade.3,5 Pais de primeira viagem, não se assustem, pois já são mais vacinas nesse momento.  

Veja abaixo quais delas seu bebê deve tomar aos 2 meses de vida. 

Vacina pentavalente (1a dose)

Essa vacina protege contra difteria, tétano, coqueluche, hepatite B e haemophilus influenzae tipo B de uma só vez, e a primeira dose deve ser recebida aos 2 meses. 

Poliomielite (1a dose)

Aquela vacina em gotinhas (vacina VOP), tradicional contra a poliomielite (paralisia infantil), foi substituída pela vacina administrada por meio de uma injeção (vacina VIP)4. É também aos 2 meses de vida que a criança recebe a primeira dose dela.

Pneumocócica 10-valente (1a dose)

Essa é a vacina de pneumonia que ajuda a proteger os pequenos de pneumococos que podem causar pneumonia, otite média aguda e meningite3 — tudo o que a gente quer bem longe deles, não é?  

A vacina é dada por injeção e protege contra 10 sorotipos de streptococus pneumoniae.3 Para quem opta por dar a vacina da pneumonia no bebê pelo sistema privado, existe a possibilidade de vacinar com a versão contra 13 ou 15 sorotipos da bactéria, o que deixa os pequenos ainda mais protegidos.5 

Vacina de rotavírus (1a dose)

Entre as primeiras vacinas do bebê, essa é a única via oral que faz parte do calendário.6 Ela protege os pequenos contra vírus que podem causar diarreia intensa, as populares gastroenterites.3 

Saiba mais sobre as viroses em crianças e como proteger os pequenos. 

3 meses

É hora de continuar a vacinação! Veja o que o bebê deve tomar com três meses de vida.3,5 

Vacina meningocócica C (1a dose)

A vacina de meningite meningocócica C protege o bebê contra a meningite C, uma infecção muito grave que afeta o sistema nervoso.3  

Novamente, para quem escolhe dar a vacina da meningite no sistema privado, existe ainda a versão ACWY, que oferece proteção extra contra mais tipos da doença.5 

Vacina meningocócica B (1a dose)

Disponível atualmente apenas no sistema privado, essa vacina protege contra o tipo B do meningococo causador da meningite.5  

4 meses

Mãe e bebê deitados na cama, de frente um para o outro, sorrindo e brincando.

Aos quatro meses acontece o reforço de vacinas importantes para o bebê.3,5 Veja quais são: 

Pentavalente (2a dose)

A segunda dose da vacina pentavalente reforça a proteção contra aquelas cinco doenças já citadas: difteria, tétano, coqueluche, hepatite B e haemophilus influenzae tipo B.3 

Poliomielite (2a dose)

A nova dose da VIP (vacina por injeção) ajuda a fortalecer a imunidade contra a poliomielite e proteger os pequenos contra a paralisia infantil.3 

Pneumocócica 10-valente (2a dose)

A segunda dose desta vacina injetável reforça a proteção contra infecções pneumocócicas.3 No caso do sistema privado, o reforço é com a mesma vacina que foi aplicada na primeira vez - contra 13 ou 15 sorotipos da bactéria.5 

Rotavírus (2a dose)

A vacina contra os rotavírus é novamente administrada via oral (vacina VOP).3,6 

5 meses

Mais uma rodada de reforços das vacinas dos bebês. Agora é a hora de aplicar novas doses das vacinas contra meningite.3,5 

Vacina meningocócica C (2a dose)

O reforço acontece contra a meningite C3 e, para quem optou por vacinar no sistema privado, contra os tipos ACWY de meningite. 

Vacina meningocócica B (2a dose)

É momento de reforçar também a vacina contra meningite B, para quem optou por aplicar no sistema privado.5 

6 meses

O bebê já está maiorzinho, mas o calendário de vacinação ainda está longe de terminar. Veja quais são as vacinas para essa idade.3,5 

Pentavalente (3a dose)

A terceira dose da vacina pentavalente é um reforço imprescindível para a imunidade do bebê. Lembrando que esse imunizante é o que aumenta as defesas contra difteria, tétano, coqueluche, hepatite B e a bactéria haemophilus influenzae tipo B.3 

Poliomielite (VIP - 3a dose)

Parece muita coisa, mas não é. Para que seu filho esteja sempre protegido, é preciso que ele faça todos os reforços necessários das vacinas. Com seis meses de vida, portanto, deve reforçar também a vacina contra poliomielite (paralisia infantil). 

Covid-19 (1a dose)

É com seis meses de vida que o bebê pode receber a primeira dose da vacina contra a Covid-19.

Influenza (gripe)

Também chegou a hora do bebê ficar protegido contra o vírus da gripe. No sistema público, a vacina contra a gripe protege contra três cepas do vírus, enquanto no sistema privado, quatro cepas.5  

Lembrando que a vacina da gripe acompanha toda a infância da criança. Ela foi introduzida no Programa Nacional de Imunizações (PNI) em 1999 e segue no calendário até hoje. 

É uma vacina aplicada em campanhas anuais. Os pequenos devem ser vacinados dos 6 meses até os 6 anos incompletos, mas muitas vezes os governos estendem essa faixa etária durante as campanhas.7  

Leia mais: Mãe gripada, como proteger o bebê: saiba lidar com esse momento 

7 meses

Com sete meses, há um reforço vacinal que o bebê deve receber:

Covid-19 (2a dose)

É aos sete meses que o bebê pode receber a 2ª dose da vacina contra a Covid-19.3  

É importante lembrar que essa vacina é recomendada com esquema de duas doses (aos 6 e 7 meses de idade), respeitando o intervalo mínimo recomendado (4 semanas entre a 1ª e 2ª dose). Caso não tenha iniciado e/ou completado esse esquema até os 7 meses de idade, a vacina poderá ser administrada até 4 anos, 11 meses e 29 dias, conforme histórico vacinal.3  

Outro ponto: para indivíduos imunocomprometidos, o esquema vacinal é de três doses (aos 6, 7 e 9 meses).3 Se tiver dúvidas, converse com o pediatra do seu filho.  

9 meses

Dois meses depois, o pequeno volta a ser vacinado.3 E aqui entra um novo item na lista das primeiras vacinas do bebê: 

Febre amarela (uma dose)

É com essa idade que o bebê recebe a vacina contra o vírus que causa febre amarela.3 

12 meses de vida

Mãe e bebê deitados na cama, de frente um para o outro, sorrindo e brincando.

Depois de uma pequena pausa nas vacinas e nos reforços, vem uma nova leva de imunizações que devem ser feitas a partir de 12 meses.3,5 Ou seja, as vacinas do bebê de um ano são:  

Sarampo, caxumba e rubéola (1a dose)

A vacina tríplice viral é muito importante para manter os pequenos protegidos contra três doenças virais: sarampo, caxumba e rubéola.3  

Pneumocócica 10-valente (reforço)

Depois da primeira e da segunda doses, é hora da chamada dose de reforço da vacina contra pneumonia, meningite e otite média aguda causadas por streptococcus pneumoniae.3 Quem optou pelo particular, vai reforçar a vacina que escolheu lá no início: 13- valente ou 15-valente.5 

Vacina meningocócica C (reforço)

A dose de reforço dessa vacina garante a continuação da imunidade contra a meningite C.3 Quem optou por vacinar o filho em clínicas privadas, deve reforçar a vacina ACWY.5 

Vacina meningocócica B (reforço)

Para quem vacinou o filho pelo sistema particular, é hora também de reforçar a vacina contra meningite B.5 

15 meses de vida

Seguindo o calendário de vacinação infantil, aos 15 meses vem uma nova leva de vacinas e reforços.3,5 Veja quais seu filho deve receber.

Difteria, tétano e coqueluche (DTP) (1o reforço)

O reforço contra essas três bactérias (que estavam contidas na vacina pentavalente aos 2, 4 e 6 meses, agora estão presentes na vacina DTP.3 

Poliomielite (1o reforço)

É necessário fazer mais um reforço com a vacina contra poliomielite. Lembrando que essa era uma vacina VOP, ou seja, aquela em gotinhas, via oral. Agora ela é vacina VIP, via injeção.3,4 

Vacina contra hepatite A (uma dose)

Essa vacina protege o bebê contra o vírus da hepatite A.3 No sistema privado, entretanto, há um reforço aos 18 meses.5 

Vacina tetraviral (sarampo, caxumba, rubéola e varicela) (uma dose)

Esta vacina protege contra as mesmas doenças que a tríplice viral, além da varicela (catapora).3 Para quem optou por vacinar no sistema privado, há ainda um reforço aos 18 meses.5 

Outras vacinas

Neste artigo listamos as primeiras vacinas do bebê, mas o calendário segue ao longo da infância e da adolescência.3 

Aos 4 anos é necessário fazer o reforço das vacinas: DTP, febre amarela e poliomielite. Há ainda uma dose da vacina contra varicela.3  

Há imunizantes que podem ser tomados aos 5, 7, 9 e 10 anos, dependendo de como foi feito o esquema vacinal da criança, região onde vive e outros fatores.3 Para saber se a carteirinha do seu filho está completa, vá a um posto de saúde ou converse com o médico.  

Existem também as campanhas de vacinação e vacinas anuais, como a da gripe.3,5

A importância de respeitar o calendário de vacinação infantil

Mãe e pai brincando com bebê que está sentado sobre bancada.

Vacinar as crianças é a melhor maneira de protegê-las contra doenças imunopreveníveis, ou seja, doenças que podem ser evitadas por meio da imunização.1,3 

Erra quem pensa que apenas as crianças vacinadas ficam protegidas contra as doenças. Ao seguir direitinho o calendário de vacinação na maior parte das crianças, é possível conseguir a chamada imunidade por rebanho. Com mais pessoas vacinadas, há a interrupção da transmissão da doença naquela comunidade.8 

No final, vacinar seu filho é um favor enorme para as pessoas que são mais vulneráveis, como os idosos, e aqueles que estão com o sistema imunológico mais frágil. E, claro, ajuda a proteger também aquelas crianças que ainda não estão na idade certa para tomar determinadas vacinas.8  

Por isso a cobertura vacinal é fundamental! Assim, mesmo quem não pode ser vacinado fica mais seguro, pois as doenças têm menos chance de se espalhar.6 

Além disso, há doenças que não estão em circulação no Brasil, mas que ainda existem casos pelo mundo. Um exemplo é a poliomielite, causadora da paralisia infantil. Ela ainda está presente em países como Índia, Nigéria, Egito, entre outros, e pode ser trazida para o Brasil por pessoas que viajaram por esses locais. Se por aqui as pessoas não estiverem imunizadas, elas podem se contaminar e espalhar a doença.9   

Ou seja, o recado é o mesmo que demos lá no começo: manter o calendário de vacinação infantil sempre atualizado é a melhor forma de proteger todos.1,3 

Dicas para acolher seu bebê no dia da vacinação

Mãe segurando bebê que dorme em seu colo, enquanto beija sua cabecinha.

O momento da vacinação pode ser estressante, e não só para os bebês: os pais também ficam apreensivos, afinal, ninguém quer ver um bebê com dor, não é? 

Nessas horas, pensar que tudo vai passar rápido e que os benefícios da vacinação superam esses riscos é algo que pode acalentar.10 Por isso, veja algumas dicas que podem ajudar vocês. 

  • Transmita calma: mesmo que você esteja ansioso, procure respirar fundo e se acalmar, afinal, o bebê percebe suas emoções.10 
  • Distraia o bebê: tirar o foco do bebê na hora da vacinação pode ajudar a reduzir a dor. Vale levar um brinquedo que ele gosta para chamar a atenção dele durante a picada. Mas lembre-se: a forma como você vai distrair o bebê pode não funcionar na próxima vez, por isso se prepare para alguma atividade diferente.10 
  • Dê colo e carinho: segurar seu bebê em um abraço carinhoso vai ajudá-lo a se sentir mais seguro.10  
  • Amamente seu filho: para bebês que são amamentados, essa é uma ótima técnica para reduzir a dor durante e depois da injeção, já que combina três pontos importantes para aliviar o desconforto: aconchego do colo da mãe, sabor adocicado do leite materno e o ato de sugar.10 

Siga as dicas e respeite o calendário de vacinação do seu filho, das primeiras vacinas do bebê até as outras que virão na infância e adolescência. Com isso, você vai proteger a saúde dele e garantir um futuro mais saudável.  

Antes de ir, leia outros conteúdos sobre os pequeninos que separamos para você:  

Dezembro/2024. MAT-BR- 2405294