Intercalar remédio para febre em crianças: o que os pais precisam saber?

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Assunto 

  • Febre
Mãos segurando um termômetro digital com crinça ao fundo.

A aparição da febre, especialmente em crianças, costuma gerar ansiedade e insegurança nos pais e cuidadores, principalmente quando sua causa não é identificada rapidamente.1

Essa preocupação é natural, pois, em nosso dia a dia, as palavras "doença" e "febre" são frequentemente associadas.1

De fato, estima-se que em 20% a 30% das consultas pediátricas a febre seja a queixa única preponderante, funcionando como um importante sinal de alerta do organismo.1

Por isso, preparamos este guia, buscando oferecer mais segurança e tranquilidade para você cuidar de quem ama.

Entendendo como a febre e os antitérmicos funcionam

O que é a febre e quando ela se torna uma preocupação?

A febre é caracterizada por uma temperatura corporal mais elevada que o normal, indicando usualmente um processo anormal ocorrendo no corpo.2

De forma mais técnica, a febre é a elevação controlada da temperatura do corpo acima dos valores considerados normais para aquele indivíduo.1 É importante saber que a temperatura corporal normal varia dentro de certos limites, influenciada por fatores como:

  • idade, sendo maior em bebês do que em adultos;1
  • o ciclo menstrual em mulheres;1
  • e a variação circadiana, com temperaturas mais baixas de madrugada e mais altas no final da tarde.1

Atividade física intensa e a temperatura ambiente elevada também podem causar elevação da temperatura corporal.1

No Brasil, de forma geral, define-se febre quando a temperatura axilar (medida na axila) ultrapassa 37,3°C.3 E seu quadro clínico geralmente inclui extremidades frias, ausência de suor, sensação de frio e, por vezes, tremores, além de taquicardia e respiração acelerada.3

Como funcionam os antitérmicos?

A temperatura do nosso corpo é regulada por uma área no cérebro chamada hipotálamo, que funciona como um termostato, mantendo o equilíbrio entre a produção e a perda de calor, para que a temperatura interna fique em torno de 37°C.1

Quando temos febre, esse termostato é reajustado para um nível mais alto.1

Isso acontece quando o nosso corpo detecta a presença de 'invasores', como bactérias e vírus, ou de certas substâncias como toxinas – que podemos chamar de causadores externos da febre "pirógenos exógenos". Esses 'invasores' fazem com que nossas células de defesa liberem outras substâncias, produzidas pelo próprio corpo. São essas substâncias internas "pirógenos endógenos", que agem como mensageiros internos da febre, que efetivamente 'avisam' o cérebro para aumentar a temperatura corporal.1

Esses pirógenos endógenos estimulam a produção de prostaglandinas (PGE2), que atuam no centro termorregulador, elevando o ponto de ajuste da temperatura e resultando na febre.1

Os medicamentos antitérmicos, como a dipirona, o paracetamol e o ibuprofeno, atuam inibindo a produção dessa PGE2, ajudando a reduzir a temperatura corporal.3

Mãe sentada à beira da cama, cuidando de criança doente com febre, sugerindo administração de antitérmicos

É recomendado intercalar antitérmicos?

O posicionamento da Sociedade Brasileira de Pediatria

A Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) orienta que o uso alternado ou associado de antitérmicos não é recomendado.3

Essa prática está se tornando um hábito na clínica pediátrica, apesar da falta de evidências científicas que a justifiquem.3

Como todos os antitérmicos (dipirona, paracetamol, ibuprofeno) compartilham o mesmo mecanismo de ação principal (inibição da PGE2), não há indicação para combiná-los ou intercalá-los visando um melhor efeito terapêutico, pois isso aumenta o risco de eventos adversos sem trazer melhora significativa nos objetivos de tratamento.3

Riscos associados à intercalação incorreta de medicamentos

Alternar o uso de antitérmicos pode levar a erros de medicação e resultar em efeitos colaterais.2

O uso alternado ou associado de antitérmicos não é uma prática recomendada, pois pode confundir os familiares ou cuidadores, aumentando o risco de superdosagem, sem trazer benefícios adicionais para a criança com febre quando comparado à monoterapia.3

Diversas publicações alertam para o risco dessa prática, pois pais e cuidadores frequentemente erram as dosagens na ânsia de controlar a febre, o que aumenta o risco de intoxicações.3

Foco no tratamento da criança e não apenas da temperatura

A SBP enfatiza que a administração de antitérmicos em crianças deve ser feita quando a febre está associada a desconforto evidente, como choro intenso, irritabilidade, ou redução da atividade e do apetite, não se baseando rigidamente em valores específicos de temperatura sem orientação.3

O objetivo do antitérmico é aliviar o desconforto causado pela febre, devendo ser usado apenas nos momentos em que a febre causa indisposição acentuada, respeitando o intervalo mínimo de cada medicamento e sem um horário fixo pré-determinado.1

Principais dúvidas sobre o uso de antitérmicos

Qual o tempo de ação da dipirona e outros antitérmicos?

Uma dúvida muito comum entre pais e cuidadores é sobre quanto tempo cada medicamento leva para começar a fazer efeito.

No caso da dipirona, como a presente em Novalgina®, o início da ação geralmente ocorre entre 30 a 60 minutos após a administração, e seu efeito costuma durar aproximadamente 4 horas.4

O paracetamol, por sua vez, costuma iniciar seu efeito entre 15 a 30 minutos após a dose.5 Já o ibuprofeno demonstrou, em estudos comparativos, um início de efeito equivalente ao do paracetamol.3

O que fazer se a febre persistir após a medicação?

Lembre-se que o objetivo principal do medicamento é aliviar o desconforto causado pela febre, como irritabilidade ou prostração, e não necessariamente normalizar a temperatura a qualquer custo.1

Se a febre persistir e a criança continuar desconfortável mesmo após respeitar o intervalo e a dose correta do medicamento, ou se surgirem outros sintomas preocupantes, o ideal é entrar em contato com o pediatra para uma reavaliação.2

Cuidados essenciais ao administrar antitérmicos em crianças

A importância fundamental da orientação médica

O tratamento da febre em crianças, incluindo a escolha do antitérmico e sua dosagem, deve ser sempre orientado por um profissional de saúde. Cada criança é única, e o pediatra é a pessoa mais indicada para avaliar o quadro clínico completo e indicar o tratamento mais adequado, considerando o peso, a idade e o histórico de saúde da criança.1

Lendo a bula: sua aliada para o uso correto e seguro

A bula do medicamento é uma fonte importante de informações sobre como usar o produto de forma segura e eficaz. Nela, você encontrará detalhes sobre a posologia correta de acordo com o peso e a idade, as indicações, contraindicações e possíveis efeitos colaterais.

Antes de administrar qualquer medicamento, especialmente em crianças, dedique um tempo para ler a bula atentamente.

Febre: quando é hora de procurar o médico?

A febre por si só pode não ser motivo para alarme,6 mas alguns sinais associados a ela indicam a necessidade de procurar atendimento médico imediatamente.2

Sinais de alerta que merecem atenção imediata

Idade da criança: A idade é um fator crucial.

  • Recém-nascidos (primeiros 28 dias de vida): Qualquer febre em um recém-nascido requer investigação médica obrigatória e imediata;1
  • Bebês até 2 meses: A investigação médica é fortemente recomendada;1
  • Bebês no terceiro mês de vida: Se a impressão geral da criança for satisfatória, pode-se, com orientação médica, observar atentamente;1
  • A partir dos três meses: A observação em casa, com fácil acesso ao médico (telefone, retorno), geralmente é válida, desde que não haja outros sinais de alerta.1

Intensidade da febre:

  • Uma febre acima de 39,4°C, principalmente se acompanhada de tremores de frio, pode sugerir uma infecção bacteriana e merece avaliação;1
  • Da mesma forma, temperatura abaixo de 36°C (hipotermia) em uma criança que aparenta estar abatida também é um sinal de alerta.1

Estado geral da criança:

  • Fique atento a uma má impressão geral da criança, aspecto abatido, falta de apetite acentuada (inapetência), irritabilidade que se alterna com sonolência excessiva (letargia), apatia, ou choro inconsolável;1
  • Gemência (um gemido baixo e contínuo) pode ser um sinal de alarme importante;1
  • Observe também se a criança está muito prostrada mesmo quando a febre baixa, ou se apresenta dificuldade para respirar, vômitos persistentes, dor de cabeça forte, confusão mental ou convulsões.1, 2

Duração da febre:

Febre que dura mais de três dias (72 horas), contados com a maior precisão possível desde o seu início, necessita de avaliação médica.1

Novalgina®: alívio para a febre, cuidado e informação para sua família

Resolvendo a febre com responsabilidade e tranquilidade

Lidar com a febre pode ser um desafio, mas com informação de qualidade e o suporte do seu pediatra, é possível tomar as melhores decisões para o bem-estar da sua criança.1

O mais importante não é apenas "baixar a febre", mas sim avaliar o estado geral da criança, oferecer conforto e, se necessário, usar o antitérmico de forma correta para aliviar o mal-estar, sempre com foco na saúde integral e evitando práticas que podem trazer riscos desnecessários.3

Novalgina® está ao seu lado, oferecendo alívio eficaz para a febre, para que nada interrompa os momentos preciosos em família.

NOVALGINA® (dipirona monoidratada). Indicação: analgésico e antitérmico. MS 1.8620.0018. O USO DO MEDICAMENTO PODE TRAZER ALGUNS RISCOS. LEIA ATENTAMENTE À BULA. SE PERSISTIREM OS SINTOMAS, O MÉDICO DEVERÁ SER CONSULTADO.

Conteúdo gerado usando inteligência artificial.

Maio/2025. MAT-BR-2502415.