Mitos e verdades sobre a febre: o que fazer e o que evitar
Conteúdo incluído em: 22/09/2025
10 min
Assunto
A febre é uma das preocupações mais comuns, especialmente quando se trata da saúde dos nossos filhos, sendo uma queixa frequente nos atendimentos pediátricos.1
Essa preocupação, muitas vezes acompanhada de ansiedade e insegurança, é tão comum que ganhou até um nome: febrefobia.2
É fundamental, portanto, desmistificar a febre e entender como agir de forma segura e eficiente.
Este artigo busca esclarecer as principais dúvidas sobre a febre, o que ela realmente significa e como Novalgina® pode ser uma aliada confiável nos momentos em que o alívio se faz necessário, permitindo que você e sua família foquem no que realmente importa: o bem-estar e o cuidado mútuo.
Desmistificando a febre: o que realmente precisamos saber
A febre é um tema cercado de muitos mitos que podem levar à confusão. Vamos entender melhor o que ela representa.
O que é a febre? Entendendo esse mecanismo de defesa do corpo
A febre, ou pirexia, é a elevação da temperatura corporal central acima do 'ponto de ajuste' regulado pelo centro termorregulador do corpo no hipotálamo.3
Esse aumento no 'ponto de ajuste' da temperatura corporal é frequentemente devido a um processo fisiológico desencadeado por causas infecciosas ou não infecciosas, como inflamação, malignidade ou processos autoimunes.3
É fundamental compreender que a febre, por si só, não constitui uma doença. Pelo contrário, ela funciona como uma resposta protetora do corpo, um alerta indicando que o organismo está lidando com algum tipo de "ameaça".2
Febre é bom ou ruim? O papel da febre no combate a infecções
A resposta febril é um “marco” da infecção e da doença inflamatória, tendo sido moldada por centenas de milhões de anos de seleção natural.4
O fato de a febre ter sido mantida ao longo da evolução dos vertebrados argumenta fortemente que as temperaturas febris conferem uma vantagem de sobrevivência.4
De fato, a febre ajuda a aumentar nossa imunidade, ou defesas, contra agentes agressores,2 sendo um sinal de que o corpo está combatendo uma infecção, ajudando a matar bactérias e vírus, ela também impulsiona a produção de glóbulos brancos que combatem infecções.5
Os germes não gostam de temperaturas mais altas, e é por isso que seu corpo envia hormônios para aumentar o calor sempre que combate uma infecção.6

Qual temperatura é febre? Decifrando o termômetro e os sinais
Saber identificar a febre é o primeiro passo para um cuidado adequado. Entender os números do termômetro e os sinais associados é essencial.
A partir de quantos graus é considerado febre em crianças e adultos?
É importante saber que a temperatura corporal normal varia em limites definidos por fatores como idade, ritmo circadiano, atividade física intensa e local de medição.7 Portanto, não existe uma única temperatura "normal", mas sim uma faixa e limites que definem a anormalidade.7
Com base nessas variações, febre pode ser definida como uma temperatura axilar acima de 37.2ºC, ou retal acima de 38ºC.1,7
Para bebês com 3 meses de vida, o limite da temperatura retal atinge 38.2ºC.7
Dentro do entendimento sobre os limites de temperatura, a febre pode ser muito alta, acima de 41,5 ºC, podendo causar lesão cerebral.7
Como medir a temperatura corretamente: dicas para diferentes tipos de termômetros
Para medir a temperatura corporal corretamente, é importante saber como utilizar cada tipo de termômetro.8 Os mais comuns são o termômetro digital e o infravermelho.8
A temperatura deve ser medida em repouso, nunca imediatamente após atividade física ou banho, pois nesses casos o valor pode estar mais elevado e não ser real.8
É crucial ler as instruções do termômetro, limpá-lo antes e depois de cada uso, e não utilizar o mesmo termômetro para medições orais e retais.9
Para usar um termômetro digital, posicione a ponta metálica na axila, boca ou ânus em contato com a pele e aguarde o sinal sonoro.8
Termômetros infravermelhos (de testa ou ouvido) funcionam ao apontar a ponta para a testa ou o canal auditivo e apertar o botão; a temperatura aparece imediatamente após o "bip".8
Além da temperatura: outros sintomas que acompanham a febre e merecem atenção
Além da febre, é importante observar outros sinais e sintomas como tosse, coriza, diarreia, vômitos e pintinhas vermelhas pelo corpo.2
O quadro clínico da febre tipicamente inclui extremidades frias, ausência de sudorese, sensação de frio e, eventualmente, tremores, além de aceleração dos batimentos cardíacos e da respiração.1
Mitos comuns sobre a febre que podem causar confusão (e as verdades por trás deles)
Um mito comum é que quanto maior a temperatura, mais grave a doença.6 A verdade é que uma temperatura alta pode indicar uma doença grave em adolescentes e adultos, mas nem sempre em crianças com 12 anos ou menos.6
O sistema imunológico de uma criança não é tão bem ajustado, então ele ataca cada germe com força total, e é por isso que as crianças podem ter febre alta devido a um simples resfriado, enquanto os adultos normalmente não têm.6 Mais importante do que o número no termômetro é o estado geral do seu filho.6
Febre emocional existe? Quando as emoções aquecem o corpo
É comum ouvirmos falar sobre a influência das emoções em nosso corpo, mas será que o estresse pode, de fato, causar febre?
O que é a febre emocional e como ela se manifesta?
A febre psicogênica é uma doença psicossomática relacionada ao estresse, especialmente observada em mulheres jovens.10
Alguns pacientes desenvolvem temperatura corporal central (Tc) extremamente alta (até 41°C) quando expostos a eventos emocionais, enquanto outros apresentam Tc persistentemente elevada de baixo grau (37–38°C) durante situações de estresse crônico.10
O estresse psicológico ou emocional aumenta a temperatura corporal central por mecanismos distintos da febre infecciosa.10
Em situações de estresse emocional contínuo, como o medo de falar em público, muitas pessoas experimentam uma sensação de calor intenso, que pode ser acompanhada de transpiração e rubor da pele.11
Especialmente em crianças, esse quadro pode resultar na chamada febre psicogênica, um fenômeno insensível ao tratamento com anti-inflamatórios e antitérmicos.11
A febre causada por estresse é de difícil diagnóstico e tratamento e, embora tecnicamente não seja considerada uma patologia, está associada ao aumento dos períodos de internação.11
Pesquisas identificaram neurônios que regulam a temperatura e a febre emocional, indicando a existência de um circuito central específico para a produção de calor e, aparentemente, também para o rubor que ocorre em situações de estresse.11
Febre e convulsão: um alerta importante para pais e cuidadores
A associação entre febre e convulsão é uma grande preocupação, principalmente para pais de crianças pequenas. É crucial entender esse fenômeno para agir corretamente.
O que é a convulsão febril e por que ela acontece em crianças?
A febre pode desencadear um tipo específico de convulsão conhecido como convulsão febril.12
Geralmente, essas crises são inofensivas e resultam de febre causada por infecções de natureza leve.12 Em sua essência, uma convulsão é uma atividade elétrica anormal e desordenada das células nervosas em uma área ou parte do cérebro.12
As convulsões febris afetam aproximadamente 2% a 5% das crianças na faixa etária de seis meses a cinco anos, sendo mais comuns entre os doze e dezoito meses de idade.12 Contudo, se uma convulsão ocorrer em uma criança com febre que tenha mais de seis anos, ela não é classificada como uma convulsão febril.12
É importante destacar que, na definição de convulsões febris, a febre e a convulsão não são causadas por uma infecção cerebral, como meningite ou encefalite.12
Contrariando a crença popular, uma febre alta por si só não causa convulsões,6 mas por uma elevação súbita da temperatura, mesmo que seja um aumento de 37°C para 38°C.6
Quais os sinais de uma convulsão febril e como agir durante o episódio?
As convulsões febris podem ser simples, onde o corpo inteiro treme por menos de 15 minutos e a criança geralmente perde a consciência, ou complexas, onde o tremor dura 15 minutos ou mais, afeta todo o corpo, apenas um lado ou parte do corpo, ou ocorrem pelo menos duas vezes em 24 horas.12
Após a convulsão, é comum as crianças parecerem confusas por alguns minutos, período que pode, por vezes, durar algumas horas.12
Não é necessário reduzir a febre para prevenir convulsões, pois crianças podem ter convulsões febris antes mesmo que os pais saibam que elas estão com febre.6 O fator determinante para que ocorram não é um valor exato da temperatura, mas sim a predisposição individual, sendo mais comum em crianças com histórico familiar.2
Convulsão febril é perigosa? Quando procurar ajuda médica urgente?
Não muito comum, mas uma convulsão febril pode ser o primeiro sinal de um distúrbio neurológico ainda não reconhecido.12
Como os pais não têm como saber se a criança está apresentando uma infecção cerebral que ameace sua vida, uma criança com febre que tenha uma convulsão pela primeira vez ou que esteja muito debilitada deve ser levada imediatamente ao pronto-socorro.12

O que fazer quando a febre aparece: guia de cuidados eficazes
Quando a febre surge, é natural buscar formas de aliviar o desconforto. Existem medidas simples9 e eficazes que podem ser adotadas.
Medidas de conforto: a importância da hidratação, repouso e roupas leves
O principal objetivo do tratamento da febre é melhorar o conforto e ajudar você ou seu filho a descansar.9
Para crianças e bebês com febre, ofereça líquidos, vista-os com roupas leves e use um cobertor leve se sentirem frio, até que os calafrios passem.9 Adultos devem seguir as mesmas orientações: beber bastante líquido, usar roupas leves e um cobertor leve se sentir calafrios.9
Como e quando baixar a febre: o uso consciente de medicamentos
A recomendação de antitérmicos em crianças deve ser feita quando a febre está associada a desconforto evidente, como choro intenso, irritabilidade, redução da atividade, redução do apetite ou distúrbio do sono, e não baseada apenas em valores numéricos no termômetro.1
Novalgina® Gotas, à base de dipirona, é utilizada no tratamento da dor e febre, com início de ação entre 30 a 60 minutos após a administração e duração de aproximadamente 4 horas.13 A dose para adultos e adolescentes acima de 15 anos é de 20 a 40 gotas em administração única, até o máximo de 40 gotas, 4 vezes ao dia, e as crianças devem receber a dose conforme seu peso, seguindo orientação médica.13
Posso misturar dois antitérmicos?
A prática de alternar ou associar diferentes antitérmicos não é recomendada, pois pode confundir os familiares ou cuidadores, aumentar o risco de superdosagem e não traz nenhum benefício adicional à criança.1
Como todos os antitérmicos (paracetamol, dipirona, ibuprofeno) têm o mesmo mecanismo de ação principal (inibição da PgE2), não há indicação para combinar dois deles, pois o risco de eventos adversos aumenta sem melhora nos objetivos terapêuticos.1
Acompanhando a evolução: quando a febre é um sinal para procurar o médico?
Para um bebê com menos de 3 meses e com febre, procure ajuda médica imediatamente.10
Procure atendimento médico se uma criança de qualquer idade apresentar:
- irritabilidade ou comportamento incomum que não melhora mesmo após a medicação para baixar a febre;9
- sinais de desidratação (como ausência de fraldas molhadas por 8 a 10 horas, choro sem lágrimas, boca seca ou recusa em beber líquidos);9
- torcicolo ou dor de cabeça;9
- dor abdominal;9
- dificuldade para respirar;9
- erupção cutânea;9
- dor ou inchaço nas articulações;9
- febre que dura mais de cinco dias.9
Adultos com febre devem procurar atendimento médico se apresentarem:
Febre sob controle: cuidando com informação e tranquilidade
É fundamental lembrar que a febre não é uma doença, mas sim um sinal de alerta do nosso corpo.2
Ao lidar com a febre, o mais importante não é apenas combater o sintoma, mas avaliar o quadro clínico geral, oferecer suporte com boa hidratação e, se necessário, utilizar um antitérmico, como Novalgina®, para aliviar o mal-estar geral, sem focar excessivamente em valores numéricos de temperatura.1
NOVALGINA® (dipirona monoidratada). Indicação: analgésico e antitérmico. MS 1.8620.0018. O USO DO MEDICAMENTO PODE TRAZER ALGUNS RISCOS. Leia atentamente a bula. SE PERSISTIREM OS SINTOMAS, O MÉDICO DEVERÁ SER CONSULTADO.
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Maio/2025. MAT-BR-2502470.
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