Febre alta, baixa, intermitente e emocional: saiba tudo sobre os tipos de febre
Tem momentos que você pode sentir que está meio quente, mas não apresenta nenhum outro sintoma. Em outros, a febre te derruba. E ainda há situações em que a temperatura varia, diminuindo, e logo depois, aumentando de novo. São os diversos tipos de febre.
Ao longo deste artigo vamos falar um pouco sobre cada uma dessas febres, tanto no que diz respeito a temperatura, como febre alta e febre baixa, quanto aqueles casos que não estão relacionados a infecções ou gripe, como febre emocional.
Veja quais são os tipos de febre e saiba a melhor forma de lidar com cada situação, lembrando sempre de, em caso dúvidas, procurar um médico!
O que é a febre?
Febre é um "aumento da temperatura corporal". É normal apresentarmos variações na temperatura corporal ao longo do dia. Sabia que a nossa temperatura geralmente é mais baixa de manhãzinha e mais alta no final da tarde? Entretanto, a febre é um aumento que ultrapassa essa variação1.
Segundo artigo publicado no Jornal da Pediatria, a temperatura medida na axila varia de 36,5ºC pela manhã a 37,2ºC à tarde. Portanto, "pode-se definir febre como a temperatura axilar acima de 37,2ºC"2.
E assim como temos diversos tipos de febre, os motivos para esse aumento na temperatura corporal também podem variar. Infecções, inflamações, reação a um medicamento ou a uma alergia, distúrbios autoimunes, desequilíbrio nas emoções e até questões mais específicas, como câncer, podem causar febre1.
Quando temos febre, nosso organismo passa por uma série de processos (entenda o que acontece com o corpo quando a temperatura aumenta) e o resultado disso é visto no termômetro. Então é dado um alerta, afinal, a febre não é doença, mas um sinal de que algo não vai bem1.
Um dado curioso: especialistas acreditam que a febre é um recurso evolutivo, ou seja, foi desenvolvido ao longo dos anos pelo nosso próprio corpo para nos ajudar em situações de risco3.
Quais são os principais tipos de febre?
Um quadro de febre pode apresentar diferentes características. Alguns assustam mais, como uma febre alta, outros parecem não ter explicação. Entenda mais detalhes sobre os tipos de febre.
Febre alta
Febre alta é aquela acima dos 39ºC. Mas, adultos saudáveis geralmente enfrentam bem esse aumento de temperatura, que muitas vezes pode estar relacionado a infecções que duram pouco (infecções agudas)1.
A febre alta pede mais atenção quando ultrapassa os 41ºC. Nesse caso, ela pode ser sinal de infecções graves, como sepse ou meningite. E quando a temperatura corporal está elevada dessa maneira, pode acontecer o mau funcionamento e até a insuficiência de órgãos1.
Temperatura mais elevada pede investigação médica. No caso de crianças, quando o termômetro registra 39,4ºC ou mais, especialmente se o quadro também vier com tremores de frio, pode ser um indício de infecção bacteriana2.
Para completar, febre em crianças saudáveis também pode causar convulsões febris1. Em caso de febre acima de 41,5ºC, há maiores riscos para lesões cerebrais2.
O que fazer quando a febre está alta?
Buscar o auxílio de um médico é sempre o melhor caminho. É importante conversar com um profissional de saúde e observar o estado da pessoa que está com esse tipo de febre. Muitas crianças, por exemplo, não se sentem desconfortáveis mesmo com febre alta4.
Antitérmicos podem ser indicados quando a temperatura chega na casa dos 39ºC e, se além da febre, a pessoa apresentar respiração ofegante ou de sensação intensa de calor4.
Saiba mais dicas de como baixar a febre e quando usar antitérmicos
Febre baixa
Quando a temperatura corporal fica na casa dos 38ºC, até os 39ºC é considerada ainda uma febre baixa5.
Uma febre moderada não costuma causar problemas em adultos saudáveis, mas pode ser ligeiramente perigosa para aqueles com doença cardíaca ou pulmonar, já que ela aumenta a frequência cardíaca e respiratória1.
Precisa tratar a febre baixa?
E o que fazer diante desse tipo de febre que não é tão alta? Se a pessoa apresentar um bom estado geral, geralmente não é preciso tomar medicação5,6.
Os antitérmicos, entretanto, podem ser usados caso o paciente apresente desconforto diante da febre baixa. Isso vale para adultos e crianças6.
Estado febril
Começamos a falar dos tipos de febre da temperatura mais alta para a mais baixa e, com isso, chegamos ao popular estado febril. Esse termo é usado para uma febre ainda mais baixa7, uma febrícula.
Lembra que dissemos que acima de 37,2ºC já começa a se "contar" como febre? Pois bem, a temperatura entre 37,3ºC e 37,7ºC é apontada como o estado febril7.
Febre intermitente
Além dos números do termômetro, outros fatores podem indicar os tipos de febre. O padrão que ela aparece faz parte dessa lista. No caso de uma febre intermitente, a temperatura não fica no mesmo patamar, é uma febre que vai e volta. Ela pode atingir um pico máximo todos os dias e voltar logo em seguida à normalidade1,8.
O quadro pode estar relacionado a doenças graves, como a malária, leptospirose, tuberculose e até mesmo linfomas. Portanto, caso note uma febre que tem um período pré-determinado de duração e regride pelo menos uma vez a cada 24 horas, o melhor é procurar um médico8.
Veja mais detalhes sobre a febre intermitente
Ainda falando em padrões de febre, um outro padrão também pode acontecer: a temperatura sobe e varia ao longo do dia, mas nunca retorna ao normal. Nesse caso, trata-se da febre remitente1.
Febre emocional
A febre emocional, ou psicogênica, é um fenômeno que pode acontecer com qualquer um, mas costuma atingir mais as mulheres jovens. Trata-se de uma doença psicossomática (causada por problemas emocionais) relacionada ao estresse9.
Nesse tipo de febre, a temperatura corporal pode se elevar bastante, chegando à casa dos 41ºC, ou ser uma febre mais baixa, entre 37ºC e 38ºC, mas persistente9.
Em muitos casos, quem tem febre emocional não apresenta nenhum outro sinal clínico que explique o aumento da temperatura (não há infecção ou nada disso). Entretanto, o termômetro acusa a mudança. Ainda é possível apresentar insônia, fadiga, dor de cabeça, náusea e dor abdominal9.
Essa febre, como o nome diz, é de fundo emocional, portanto não adianta tomar antitérmicos. É importante agir na causa do estresse, que também é a causa da febre9.
Saiba mais sobre a febre emocional e veja dicas de como evitar o estresse
Febre de origem indeterminada
Esse é um tipo de febre intrigante. A febre de origem indeterminada (FOI) pode ser diagnosticada quando a pessoa apresenta uma temperatura acima de 37,8ºC por pelo menos três semanas e mesmo após uma investigação, a causa não é detectada10.
Diversas condições podem estar relacionadas à FOI, mas "as infecções permanecem como a principal causa na maioria dos estudos, seguidas pelas doenças neoplásicas (câncer) e inflamatórias"10.
Há ainda a febre factícia, na qual a própria pessoa induz a febre. É algo bastante raro, que acomete normalmente profissionais de saúde e seus familiares (em sua maioria do sexo feminino). Esse quadro demanda tratamento psiquiátrico adequado10.
Um caminho seguro para tratar a febre
Diante de algum dos diversos tipos de febre, o indicado é procurar ajuda médica. O especialista poderá avaliar o caso e definir qual o melhor tratamento. Mas vale ressaltar que é importante entender e tratar a causa da febre1.
Quando for indicado o uso de antitérmicos, conte com Novalgina. O medicamento tem dupla ação, contra febre e dor11. Para os pequenos, há Novalgina solução oral12, que tem maior duração no controle da febre13. Novalgina solução oral pode ser usado a partir dos 3 meses de idade, tem sabor framboesa e vem com seringa dosadora12.
Depois de entender sobre os tipos de febre, siga bem-informado com esses outros conteúdos que selecionamos para você:
- Febre em adulto é diferente de febre em criança?
- Febre em criança: conheça as principais causas e riscos desse sintoma comum na infância
- Febre em bebê: este sintoma é mais perigoso em crianças muito pequenas?
MAT-BR-2303455 – Agosto/2023
- Bush LM. Febre em adultos. Manual MSD. Disponível em: https://www.msdmanuals.com/pt-br/casa/infec%C3%A7%C3%B5es/biologia-das-doen%C3%A7as-infecciosas/febre-em-adultos. Acesso em 02 de junho de 2023.
- Murahovsch J. A criança com febre no consultório. Jornal de Pediatria. Vol.79, Supl.1, 2003. Disponível em: https://www.scielo.br/j/jped/a/jFq9jVMGQyXns5KqXwLXT7p/?format=pdf&lang=pt. Acesso em 15 de junho de 2023.
- Espíndola M. Equipe do ICB identifica grupos neuronais associados à febre emocional. Disponível em: https://ufmg.br/comunicacao/noticias/equipe-do-icb-identifica-grupos-neuronais-associados-a-febre-emocional. Acesso em 02 de junho de 2023.
- Wannmacher L, Ferreira MBC. Febre: mitos que determinam condutas. Disponível em https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/4645880/mod_resource/content/1/Febre%20mitos%20que%20determinam%20condutas.pdf. Acesso em 15 de junho de 2023.
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