Antitérmico infantil: entenda como ele age nas crianças e os diferentes tipos

Quando as crianças estão doentes e com febre, é natural que os pais queiram fazer de tudo para ajudá-las a se sentirem melhor o mais rápido possível. Nesses momentos, um antitérmico infantil pode ser uma opção para baixar a temperatura e aliviar o desconforto nos pequenos1

Mas você sabe exatamente como ele age no organismo e quais são os diferentes tipos disponíveis? E mais: será que toda e qualquer febre em criança precisa ser tratada com antitérmico? 

Antes de entendermos um pouco mais sobre esse assunto, é importante ter em mente que a febre é um sinal de alerta. Esse aumento da temperatura corporal pode estar relacionado a quadros como infecção viral ou bacteriana, por exemplo. É importante monitorá-la e, se necessário, tomar medidas para controlá-la1. É aí que entra o antitérmico infantil. 

Leia também: O que causa febre? Entenda essa reação 

É importante frisar que a escolha de um antitérmico infantil deve ser feita com a orientação de um pediatra. Sabemos que a febre em crianças pode ser angustiante, perceber que o filho está mais quentinho traz uma certa ansiedade e insegurança1. Há até um termo para isso: "febrefobia", que é um medo excessivo em relação à febre2. Mas ainda assim, na hora de dar qualquer remédio aos pequenos, busque orientação médica. 

Entenda, ao longo do artigo, o que é e como age um antitérmico infantil, quando ele pode ser indicado e quando se preocupar com a febre nos pequenos. 

O que é um medicamento antitérmico

O antitérmico, ou antipirético, é um medicamento que reduz a febre2. Entre os antitérmicos (infantis e de uso adulto) podemos citar como exemplos de drogas efetivas e seguras a dipirona, o paracetamol e o ibuprofeno. Eles também possuem ação analgésica3.

Como o antitérmico infantil age para baixar a febre

Em geral, os medicamentos antitérmicos atuam indiretamente no hipotálamo, que é o centro de controle da temperatura no corpo. Sua principal ação está na capacidade de inibir a atividade das enzimas cicloxigenases (COX), interrompendo a síntese das prostaglandinas inflamatórias (PGE2)4.

As PGE2, por sua vez, são substâncias presentes nas células que fazem com que o cérebro aumente a temperatura corporal a partir de um estímulo nocivo - como uma infecção, por exemplo. É aí que temos uma febre. Então, ao intervir nesse ciclo, o antitérmico (seja de uso infantil ou adulto) acaba dando uma controlada no hipotálamo e evitando que a temperatura suba4.

Quando o antitérmico infantil é indicado

Esse é um momento-chave. É importante conversar com o pediatra para compreender quando fazer uso de um antitérmico infantil, além de manter a calma diante de um quadro de febre1,3.

Há um consenso de que os antitérmicos infantis podem ser prescritos para baixar a febre e, principalmente, minimizar o desconforto físico e dor dos pequenos3. Em linhas gerais, esses medicamentos são indicados em crianças febris que apresentam choro intenso, irritabilidade, redução da atividade, redução do apetite e/ou distúrbio do sono5.


Vale lembrar que o melhor antitérmico infantil é aquele que o pediatra indicar para o seu filho. Siga sempre as orientações médicas na hora de ministrar o medicamento para os pequenos.

Quanto à temperatura, a Organização Mundial da Saúde recomenda que o uso de antitérmico em crianças seja reservado para febres acima de 38,2°C3.

Ainda assim, vale ficar atento ao comportamento dos pequenos, uma vez que os antitérmicos são indicados para aliviar os incômodos que acompanham a febre1,3. Eles podem ser administrados sem horário prefixado, mas sempre respeitando o intervalo mínimo para uma próxima dose1, seguindo orientação do médico e da bula do medicamento.

Antes de continuar, confira as formas de medir a temperatura do corpo

Tipos de antitérmico infantil

Quando falamos de antitérmico infantil, temos os princípios ativos e também diferentes apresentações. Falando das substâncias, temos dipirona e também paracetamol e ibuprofeno como seguras e eficazes3. É possível encontrar esses medicamentos em versões líquidas e em comprimidos.

Novalgina (dipirona) é seguro para crianças e conta com medicamentos para uso pediátrico em sua linha6-8.

Ao todo, existem três tipos de Novalgina para crianças: solução oral, gotas e supositório6-8. Tanto Novalgina solução oral quanto Novalgina em gotas são opções de antitérmico para bebê, já que ambas são indicadas para crianças a partir de 3 meses de idade, com peso acima de 5 kg6,7.

Febre em bebê é coisa séria e deve ser monitorada. Usar antitérmico para bebê é recomendado apenas se for a indicação do pediatra responsável.

Já a Novalgina supositório é recomendada para crianças de 4 a 14 anos, com 16 kg ou mais, que têm dificuldade em engolir comprimidos ou líquidos. Diferente dos outros tipos de Novalgina, este antitérmico infantil deve ser aplicado por via retal (anal)8.

Qual é a dosagem adequada de dipirona para crianças

É importante ressaltar mais uma vez que o uso de antitérmico infantil deve ser feito com cautela e sempre seguindo as recomendações médicas1-3. A escolha da dose e da via de administração do medicamento deve ser feita exclusivamente sob orientação de um profissional.

Normalmente, a dosagem correta de dipirona varia de acordo com o peso da criança. Então, para saber a quantidade ideal para cada caso, é fundamental consultar a tabela de posologia que consta na bula dos produtos6-8 e conversar com o pediatra para buscar orientações sobre como dar remédio para os pequenos e qualquer outra dúvida.

Mas qual o melhor antitérmico infantil?

O melhor remédio, seja ele um antitérmico para bebê ou criança ou qualquer outra medicação, é aquele indicado pelo médico. Os pediatras, na hora da prescrição, podem levar em conta disponibilidade, aceitação, tolerância e eficácia do medicamento1.

Eles devem ainda orientar pais e cuidadores sobre como ministrar a medicação (via de administração, quais horário etc) e período de tratamento1.

E quando devo me preocupar com a febre do meu filho?

Caso seu filho apresente algum sintoma associado à febre (como agitação, palidez ou choro inconsolável), procure um pediatra. O mesmo vale para a febre persistente.

Falamos aqui que febre não precisa criar um medo exacerbado nos pais e cuidadores, mas ela é um sinal de alerta1-3. Olhe esse exemplo: uma febre relacionada a algo viral é autolimitada a três dias. E é comum uma criança pequena, em idade pré-escolar, ter uma série de viroses1.

Entretanto, febre persistente ou associada a outros sintomas pode, sim, ser uma pista de algo mais sério1,3,5. Nós entendemos a preocupação que você sente ao ver seu filho doente. Por isso, separamos os sinais de alerta que indicam quando levar seu filho ao médico imediatamente para uma avaliação mais cautelosa. Confira a seguir:

  • bebê febril com idade inferior a três meses, principalmente recém-nascido1,3;
  • febre de mais de 39,4°C (especialmente se acompanhada de calafrios)1,3;
  • mau estado geral, com letargia e/ou irritabilidade excessiva, ausência de sorriso1,3;
  • pele muito pálida ou acinzentada (moteada)1;
  • choro inconsolável1,3;
  • Respiração gemente, entrecortada ou ofegante1,3;
  • Duração da febre maior que 72 horas1,3.

Não hesite em consultar sempre um pediatra de confiança para obter orientações personalizadas e assim cuidar da saúde do seu filho da melhor maneira possível1. Seu amor e dedicação são os melhores remédios que uma criança pode ter nessas horas.


Outubro/2023. MAT-BR-2305444

Referências bibliográficas:
  1. Murahovschi J. A criança com febre no consultório. Jornal de Pediatria - Sociedade Brasileira de Pediatria. 2003; 79(1): 55-64. Disponível em: https://www.scielo.br/j/jped/a/jFq9jVMGQyXns5KqXwLXT7p/?lang=pt. Acesso em 8 de agosto de 2023.
  2. Pursesell E. Uso de antipiréticos em crianças: mais do que apenas temperatura. Jornal de Pediatria - Sociedade Brasileira de Pediatria. 2013;89(1):1−3. Disponível em https://www.scielo.br/j/jped/a/DWcbvV4QYZFVcz9x3ws3Dvs/. Acesso em 17 de setembro de 2023.
  3. Blank D. Uso de antitérmicos: quando, como e por quê*. Residência Pediátrica - Sociedade Brasileira de Pediatria. 2011;1(2):31-36. Disponível em: https://www.residenciapediatrica.com.br/detalhes/21. Acesso em 8 de agosto de 2023.
  4. Aronoff DM, Neilson EG. Antipyretics: mechanisms of action and clinical use in fever suppression. The American Journal of Medicine. Setembro 2001; 111(4): 304-315. Disponível em: https://www.sciencedirect.com/science/article/abs/pii/S0002934301008348. Acesso em 8 de agosto de 2023.
  5. Fernandes TF. Febre não é doença, é um sinal. Sociedade de Pediatria de São Paulo. Recomendações - Atualização de Condutas em Pediatria. Abril 2019; 87: 6-9. Disponível em: https://www.spsp.org.br/site/asp/recomendacoes/Rec87_2.pdf. Acesso em 8 de agosto de 2023.
  6. Novalgina solução oral. Bula. Disponível em https://www.novalgina.com.br/produtos/infantil/solucao-oral/bula. Acesso em 8 de agosto de 2023.
  7. Novalgina gotas. Bula. Disponível em https://www.novalgina.com.br/produtos/infantil/gotas/bula. Acesso em 8 de agosto de 2023.
  8. Novalgina Supositório 300 mg. Bula. Disponível em https://www.novalgina.com.br/produtos/infantil/supositorio/bula. Acesso em 8 de agosto de 2023.