Enxaqueca: tudo o que você precisa saber para lidar com essa dor de cabeça

O que é enxaqueca?

A enxaqueca, também chamada tecnicamente de “migrânea”, faz parte das cefaleias primárias.¹ Isso significa que a dor de cabeça é o sintoma principal da doença (mas não o único) - diferente das cefaleias secundárias, em que a dor de cabeça é sintoma de uma outra doença (como meningite ou dengue, por exemplo).²

São dois os tipos principais de enxaqueca, de acordo com as classificações internacionais:

• Enxaqueca sem aura: já foi chamada de enxaqueca comum. Nesse caso, a dor de cabeça é recorrente e se manifesta em crises que duram de 4 a 72 horas, normalmente com localização unilateral e com intensidade moderada ou forte;¹
• Enxaqueca com aura: as características são as mesmas da enxaqueca sem aura, mas envolvem ainda sintomas visuais, sensoriais e de linguagem (vamos detalhar os sintomas da enxaqueca mais abaixo, ok?).¹

Segundo dados do “Protocolo Nacional para Diagnóstico e Manejo das Cefaleias nas Unidades de Urgência do Brasil”, de 2018, a prevalência anual da enxaqueca é de 15,8%, acometendo cerca de 22% das mulheres e 9% dos homens, principalmente entre os 30 e os 50 anos.²

De acordo com o documento, a enxaqueca sem aura (75% dos casos) é mais frequente do que a com aura (25% dos casos) e cerca de 80% dos pacientes têm um familiar direto que também é acometido pela doença.²

O que causa enxaqueca?

A ciência ainda não desvendou completamente o que causa a enxaqueca, nem os mecanismos que levam ao desenvolvimento da doença. O que se sabe é que a predisposição genética e os fatores ambientais podem fazer parte de todo esse processo.³

Por exemplo, algumas alterações no tronco cerebral podem estar envolvidas, assim como desequilíbrios nas substâncias químicas cerebrais – incluindo a serotonina, um neurotransmissor que ajuda a regular a dor no sistema nervoso.³

O que realmente se sabe é que existem diversos gatilhos capazes de desencadear os sintomas de enxaqueca e suas crises.³ Alguns exemplos incluem:

• bebidas: bebidas alcoólicas, especialmente vinho, e bebidas com muita cafeína, como o próprio café;³
• certos alimentos: incluindo os muito salgados e aqueles processados ou ainda aditivos alimentares, como adoçantes e conservantes;³
• estresse: sentir-se estressado no trabalho ou em casa;³
• estímulos sensoriais: luzes brilhantes ou piscantes e cheiros fortes podem desencadear uma crise de enxaqueca;³
• má qualidade do sono: pouco sono ou sono em excesso também podem acabar em dor de cabeça;³
• tensão física: esforço físico intenso, incluindo atividade sexual;³
• mudanças hormonais nas mulheres: flutuações no estrogênio, como antes ou durante os períodos menstruais, gravidez e menopausa;³
• mudanças climáticas: uma mudança repentina na temperatura ou na pressão fazem parte da lista do que pode causar enxaqueca;³
• determinados medicamentos: contraceptivos orais e vasodilatadores também podem ser os responsáveis pelas crises.³

Pois é, a lista é extensa. Devido aos mecanismos complicados e principalmente desconhecidos de formação da enxaqueca, questões sociais, biológicas e genéticas, além de doenças cardiovasculares, neurológicas e autoimunes, também já foram propostas como fatores de risco para a enxaqueca.⁴

Principais sintomas de enxaqueca

Quando se pensa em sintomas da enxaqueca, logo vem à mente a dor de cabeça intensa. Entretanto, a enxaqueca vai além disso e outros sinais podem surgir ao longo de todas as fases da enxaqueca.^1-3

São quatro estágios: sintomas premonitórios (ou pródromo), aura (em casos de enxaqueca com aura), crise (a dor de cabeça em si) e pósdromo. Importante dizer que nem todo mundo que tem enxaqueca passa por todas essas etapas quando tem um episódio dela.³

Abaixo, veja os sintomas relacionados a cada fase da enxaqueca.

Sintomas de enxaqueca comuns no pródromo

Os primeiros sinais podem surgir de um a dois dias antes da crise³, incluindo:

• constipação;³
• mudanças de humor, da depressão à euforia;³
• desejos alimentares;³
• rigidez do pescoço;³
• aumento da micção;³
• retenção de fluidos;³
• bocejos frequentes.³

Sintomas da aura

Em casos de enxaqueca com aura, depois do pródromo, a pessoa pode apresentar³:

• fenômenos visuais, como ver formas, pontos brilhantes ou flashes de luz;³
• perda de visão;³
• sensações de alfinetes e agulhas em um braço ou perna;³
• fraqueza ou dormência no rosto ou em um lado do corpo;³
• dificuldade em falar.³

Sintomas da crise de enxaqueca

No momento da crise de enxaqueca propriamente dita, ou seja, da dor de cabeça³, os sintomas são:

• dor, que geralmente ocorre em um lado da cabeça (é assim em dois terços dos casos) e que pode mudar de lado de uma crise para a outra;²
• essa dor é latejante, pulsante;^2,3
• sensibilidade à luz, ao som2 e, às vezes, ao cheiro e ao toque;³
• mal-estar, náusea e vômito.³

Sintomas do pósdromo, a fase final da enxaqueca

Depois da crise (da dor de cabeça em si), quem sofre de enxaqueca pode ter³:

• esgotamento;³
• confusão;³
• desânimo.³

Viu o quanto já aprendemos sobre a enxaqueca até aqui? Continue lendo porque agora vamos falar sobre como ela pode ser tratada, incluindo quais são os remédios para enxaqueca indicados!

O que é bom para enxaqueca?

Em primeiro lugar, se você sente que apresenta sintomas de enxaqueca, desencadeados por gatilhos como os que citamos acima, procure um médico para que ele possa indicar um diagnóstico e um tratamento correto.³

De qualquer forma, diante de uma crise de enxaqueca, tente ficar algum tempo em repouso, preferencialmente em um ambiente escuro ou com pouca luz, que seja tranquilo e silencioso.² Além disso, você pode experimentar:

• aplicar uma compressa, que pode ser quente ou fria, na testa ou atrás do pescoço;⁵
• massagear o couro cabeludo;⁵
• aplicar pressão nas têmporas em movimentos circulares;⁵
• manter a calma (meditando, por exemplo).⁵

Além desses cuidados básicos, remédios para enxaqueca também podem ser indicados, sendo que esses medicamentos se enquadram em duas grandes categorias.³ Vamos entender melhor a seguir!

Remédio para enxaqueca: o que é indicado?

Quando o assunto é enxaqueca, os medicamentos são classificados entre remédios preventivos e remédios para aliviar os sintomas. No primeiro caso, são medicamentos que ajudam a reduzir a gravidade ou a frequência das enxaquecas. No segundo, são aqueles que amenizam os sintomas, indicados, por exemplo, para aliviar a dor de cabeça.³ Lembrando sempre que quem orienta e prescreve medicamentos é o médico. Evite a automedicação!

Recado dado? Voltando a falar em alívio das crises, existem alguns tipos de medicamentos que podem ser indicados, incluindo duas classes: remédios antienxaqueca específicos (como os triptanos) e analgésicos em geral, que ajudam a reduzir as dores⁴, que é o caso da dipirona.⁶

Um estudo apontou que pacientes com enxaqueca que usaram 1g de dipirona tiveram uma melhora significativa da dor em todas as variáveis testadas em comparação com o placebo.⁶

Por isso, quando indicado por um médico, você pode contar com a ajuda de Novalgina^® 1g, medicamento com 1 grama de dipirona monoidratada usado no tratamento da dor e da febre. O tempo médio para o início de ação é de 30 a 60 minutos após a administração, e os efeitos geralmente duram cerca de 4 horas.⁷

Gostou das nossas dicas? Lembre-se que enxaqueca até pode ser algo comum¹, mas não normalize a dor. Procure um médico, entenda seu caso e busque o melhor tratamento. Só assim você estará bem para cuidar de si mesmo e de quem você ama. E antes de ir, leia também:

• Quais os tipos de Novalgina e quando usar cada um? Tire suas dúvidas
• Afinal, o que é dor? Entenda causas, reações do corpo e como se cuidar

Agosto/2024. MAT-BR-2403130