1. INDICAÇÕES
Este medicamento é indicado como analgésico e antitérmico.
2. RESULTADOS DE EFICÁCIA
Em um estudo clínico fase II, prospectivo, randomizado e duplo cego, 300 mg de dipirona supositório foi
comparada com 100 mg de nimesulida supositório no controle da dor pós-operatória em 45 crianças com idade
entre 4 e 8 anos e peso corporal entre 16,5 e 62,5 kg (mediana 29,12 +/- 10,48 kg). Após 1 dia de
tratamento com dipirona, a dor foi avaliada como nula ou média em 71% dos pacientes e 29% dos pacientes
ainda reportavam dor moderada. Após 2 dias de tratamento, 67% das crianças que ainda tiveram dor no dia
anterior, estavam livres de sintomas. Após 1 dia de tratamento com nimesulida, a dor foi avaliada como
nula ou média em 73% dos pacientes e 27% dos pacientes ainda reportavam dor moderada. Após 2 dias de
tratamento, 75% das crianças que ainda tiveram dor no dia anterior, estavam livres de sintomas. A eficácia
do tratamento foi avaliada pelo observador como boa e muito boa em 75% dos casos no grupo que recebeu
dipirona e em 66% dos casos no grupo que recebeu nimesulida. Não houve diferença estatística quanto ao
controle da dor nos dois grupos. Ambos os tratamentos foram bem tolerados, não tendo sido reportadas
reações locais (Scharli et al, 1990).
Em outro estudo clínico aberto, 70 pacientes pediátricos com idade entre 1 a 12 anos foram avaliados
quanto ao efeito antipirético da apresentação supositório (300 mg) de dipirona, buscando-se determinar a
velocidade de absorção, pico de ação, duração de efeito e dose terapêutica eficaz (mg/kg peso). Todos os
pacientes receberam uma única dose de apresentação estabelecendo-se, para efeito de análise comparativa,
três faixas de dosagem quanto à dose terapêutica administrada (<=14 mg/kg; 15 a 20 mg/kg e>=21 mg/kg). Os
dados obtidos permitiram concluir-se por boa velocidade de absorção pela mucosa retal (queda de 1,5-C
obtida entre 90 e 120 minutos), pico de ação ao final de 180 minutos, duração de efeito antipirético
superior a 6 horas e dose terapêutica eficaz entre 15 e 20 mg/kg peso (17,9 + ou - 1,6 mg/kg) (Almeida
et al, 1986).
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
• Scharli AF, Brulhart K, Monti T. Pharmacokinetics and Therapeutic Study: with nimesulide Suppositories
inChildren with Post-operative pain and inflammation. J Inter Med Research 1990; 18:315-321.
• Almeida S; Cortes, F A S W; Nonino J O. Avaliação indireta da biodisponibilidade e da dose terapêutica
eficazde dipirona/supositório no tratamento de hiperpirexia em pediatria / Indirect evaluation of the
bioavailability andeffective therapeutic dosage of dipyrone/suppository in the treatment of hyperpyrexia
in pediatrics. Pediatric mod1986; 21(7): 400-6.
3. CARACTERÍSTICAS FARMACOLÓGICAS
Propriedades farmacodinâmicas
A dipirona é um derivado pirazolônico não narcótico com efeitos analgésico, antipirético e
espasmolítico.
A dipirona é uma pró-droga cuja metabolização gera a formação de vários metabólitos entre os quais há 2
com propriedades analgésicas: 4-metil-aminoantipirina (4-MAA) e o 4-amino-antipirina (4-AA).
Como a
inibição da ciclo-oxigenase (COX-1, COX-2 ou ambas) não é suficiente para explicar este efeito
antinociceptivo, outros mecanismos alternativos foram propostos, tais como: inibição de síntese de
prostaglandinas preferencialmente no sistema nervoso central, dessensibilizacão dos nociceptores
periféricos envolvendo atividade via óxido nítrico-GMPc no nociceptor, uma possível variante de COX-1 do
sistema nervoso central seria o alvo específico e, mais recentemente, a proposta de que a dipirona
inibiria uma outra isoforma da ciclo-oxigenase, a COX-3.
Os efeitos analgésico e antipirético podem ser esperados em 30 a 60 minutos após a administração e
geralmente duram cerca de 4 horas.
Propriedades farmacocinéticas
A farmacocinética da dipirona e de seus metabólitos não está completamente elucidada, mas as seguintes informações podem ser fornecidas:
- • Após administração oral, a dipirona é completamente hidrolisada em sua porção ativa, 4-N-metilaminoantipirina (MAA). A biodisponibilidade absoluta da MAA é de aproximadamente 90%, sendo um pouco maior após administração oral quando comparada à administração intravenosa. A farmacocinética da MAA não se altera em qualquer extensão quando a dipirona é administrada concomitantemente a alimentos.
- • Principalmente a MAA, mas também a 4-aminoantipirina (AA), contribuem para o efeito clínico. Os valores de AUC para AA constituem aproximadamente 25% do valor de AUC para MAA. Os metabólitos 4-N-acetilaminoantipirina (AAA) e 4-N-formilaminoantipirina (FAA) parecem não apresentar efeito clínico. São observadas farmacocinéticas não lineares para todos os metabólitos. São necessários estudos adicionais antes que se chegue a uma conclusão sobre o significado clínico destes resultados. O acúmulo de metabólitos apresenta pequena relevância clínica em tratamentos de curto prazo.
- • O grau de ligação às proteínas plasmáticas é de 58% para MAA, 48% para AA, 18% para FAA e 14% para AAA.
- • Após administração intravenosa, a meia-vida plasmática é de aproximadamente 14 minutos para a dipirona.
- • Aproximadamente 96% e 6% da dose radiomarcada administrada por via intravenosa foram excretadas na urina e fezes, respectivamente. Foram identificados 85% dos metabólitos que são excretados na urina, quando da administração oral de dose única, obtendo-se 3% ± 1% para MAA, 6% ± 3% para AA, 26% ± 8% para AAA e 23% ± 4% para FAA. Após administração oral de dose única de 1 g de dipirona, o clearance renal foi de 5 mL ± 2 mL/min para MAA, 38 mL ± 13 mL/min para AA, 61 mL ± 8 mL/min para AAA, e 49 mL ± 5 mL/min para FAA. As meias-vidas plasmáticas correspondentes foram de 2,7 ± 0,5 horas para MAA, 3,7 ± 1,3 horas para AA, 9,5 ± 1,5 horas para AAA, e 11,2 ± 1,5 horas para FAA.
- • Em pacientes idosos, a exposição (AUC) aumenta 2 a 3 vezes. Em pacientes com cirrose hepática, após administração oral de dose única, a meia-vida de MAA e FAA aumentou 3 vezes (10 horas), enquanto para AA e AAA este aumento não foi tão marcante.
- • Os pacientes com insuficiência renal não foram extensivamente estudados até o momento. Os dados disponíveis indicam que a eliminação de alguns metabólitos (AAA e FAA) é reduzida.
Dados de segurança pré-clínicos
Toxicidade aguda
As doses mínimas letais de dipirona em camundongos e ratos são: aproximadamente 4000 mg/kg de peso
corporal por via oral, aproximadamente 2300 mg de dipirona por kg de peso corporal ou 400 mg de MAA por kg
de peso corporal por via intravenosa. Os sinais de intoxicação foram sedação taquipneia e convulsões
pré-morte.
Toxicidade crônica
As injeções intravenosas de dipirona em ratos (peso corporal 150 mg/kg por dia) e cães (50 mg/kg de peso
corporal por dia) durante um período de 4 semanas foram toleradas. Foram realizados estudos de toxicidade
oral crônica ao longo de um período de 6 meses em ratos e cães: doses diárias de até 300 mg de peso
corporal/kg em ratos e até 100 mg/kg de peso corporal de peso em cães não causaram sinais de intoxicação.
Doses mais elevadas em ambas espécies causaram alterações químicas do soro e hemossiderose no fígado e
baço, também foram detectados sinais de anemia e toxicidade da medula óssea.
Mutagenicidade
Estão descritos na literatura tanto resultados positivos bem como negativos. No entanto, estudos in vitro
e in vivo com material específico grau Hoechst não deu indicação de um potencial mutagênico.
Carcinogenicidade
Estudos de tempo de vida com dipirona em ratos e camundongos NMRI não mostraram efeitos cancerígenos.
Toxicidade reprodutiva
Estudos em ratos e coelhos não indicam potencial teratogênico.
4. CONTRAINDICAÇÕES
NOVALGINA não deve ser administrada a pacientes:
- • com hipersensibilidade à dipirona ou a qualquer um dos componentes da formulação ou a outras pirazolonas oua pirazolidinas (ex.: fenazona, propifenazona, isopropilaminofenazona, fenilbutazona, oxifembutazona) incluindo, por exemplo, experiência prévia de agranulocitose com uma destas substâncias;
- • com função da medula óssea prejudicada (ex.: após tratamento citostático) ou doenças do sistema hematopoiético;
- • que tenham desenvolvido broncoespasmo ou outras reações anafilactoides (ex.: urticária, rinite, angioedema)com analgésicos tais como salicilatos, paracetamol, diclofenaco, ibuprofeno, indometacina, naproxeno;
- • com porfiria hepática aguda intermitente (risco de indução de crises de porfiria);
- • com deficiência congênita da glicose-6-fosfato-desidrogenase (G6PD) (risco de hemólise);
- • gravidez e lactação (vide “Advertências e Precauções – Gravidez e Lactação”).
Este medicamento é contraindicado para menores de 3 meses de idade ou pesando menos de 5 kg.
Categoria de risco na gravidez: D. Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica. Informe imediatamente seu médico em caso de suspeita de gravidez.
5. ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES
Agranulocitose: induzida pela dipirona é uma casualidade de origem imunoalérgica, durável por pelo menos 1 semana. Embora essa reação seja muito rara, pode ser grave e fatal. Não é dose dependente e pode ocorrer em qualquer momento durante o tratamento. Todos os pacientes devem ser advertidos a interromper o uso da medicação e consultar seu médico imediatamente se alguns dos seguintes sinais ou sintomas, possivelmente relacionados à neutropenia, ocorrerem: febre, calafrios, dor de garganta, ulceração na cavidade oral. Em caso de ocorrência de neutropenia (menos de 1500 neutrófilos/mm3) o tratamento deve ser imediatamente descontinuado e a contagem sanguínea completa deve ser urgentemente controlada e monitorada até retornar aos níveis normais.
Pancitopenia: em caso de pancitopenia o tratamento deve ser imediatamente descontinuado e uma completa monitorização sanguínea deve ser realizada até normalização dos valores. Todos os pacientes devem ser aconselhados a procurar atendimento médico imediato se desenvolverem sinais e sintomas sugestivos de discrasias do sangue (ex.: mal-estar geral, infecção, febre persistente, hematomas, sangramento, palidez) durante o uso de medicamentos contendo dipirona.
Choque anafilático: essa reação ocorre principalmente em pacientes sensíveis. Portanto, a dipirona deve ser usada com cautela em pacientes que apresentem alergia atópica ou asma (vide “Contraindicações”).
Reações cutâneas graves: reações cutâneas com risco à vida, como síndrome de Stevens – Johnson (SSJ) e Necrólise Epidérmica Tóxica (NET) têm sido relatadas com o uso de dipirona. Se desenvolverem sinais ou sintomas de SSJ ou NET (tais como exantema progressivo muitas vezes com bolhas ou lesões da mucosa), o tratamento com a dipirona deve ser descontinuado imediatamente e não deve ser retomado. Os pacientes devem ser avisados dos sinais e sintomas e acompanhados de perto para reações de pele, particularmente nas primeiras semanas de tratamento.
Reações anafiláticas/anafilactoides
Em particular, os seguintes pacientes apresentam risco especial para possíveis reações anafiláticas graves
relacionadas à dipirona (vide “Contraindicações”):
- pacientes com síndrome da asma analgésica ou intolerância analgésica do tipo urticária-angioedema;
- pacientes com asma brônquica, particularmente aqueles com rinossinusite poliposa concomitante;
- pacientes com urticária crônica;
- pacientes com intolerância ao álcool, por exemplo, pacientes que reagem até mesmo a pequenas quantidades
debebidas alcoólicas, apresentando sintomas como espirros, lacrimejamento e rubor pronunciado da face.
Aintolerância ao álcool pode ser indicativa da síndrome de asma analgésica prévia não diagnosticada;
- pacientes com intolerância a corantes ou a conservantes (ex.: tartrazina e/ou benzoatos).
Antes da administração de NOVALGINA, os pacientes devem ser questionados especificamente. Em pacientesque
estão sob risco potencial para reações anafiláticas, NOVALGINA só deve ser administrada após cuidadosa
avaliação dos possíveis riscos em relação aos benefícios esperados. Se NOVALGINA for administrada em tais
circunstâncias, é requerido que seja realizada sob supervisão médica e recursos para tratamento de
emergênciadevem estar disponíveis.
Os pacientes que apresentaram uma reação anafilática ou outra reação imunológica a outras
pirazolidas,pirazolidinas e outros analgésicos não narcóticos, também apresentam risco alto de responder
de forma semelhante à NOVALGINA.
Reações hipotensivas isoladas
A administração de dipirona pode causar reações hipotensivas isoladas (vide “Reações Adversas”). Essas
reações são possivelmente dose-dependentes e ocorrem com maior probabilidade após administração
parenteral.
Para evitar as reações hipotensivas graves desse tipo:
- reverter a hemodinâmica em pacientes com hipotensão pré-existente, em pacientes com redução dos fluidos
corpóreos ou desidratação, ou com instabilidade circulatória ou com insuficiência circulatória
incipiente;
- deve-se ter cautela em pacientes com febre alta.
Nestes pacientes, a dipirona deve ser utilizada com extrema cautela e a administração de NOVALGINA em tais
circunstâncias deve ser realizada sob cuidadosa supervisão médica. Podem ser necessárias medidas
preventivas (como estabilização da circulação) para reduzir o risco de reação hipotensiva.
A dipirona só deve ser utilizada sob cuidadoso monitoramento hemodinâmico em pacientes nos quais a
diminuição da pressão sanguínea deve ser evitada, tais como pacientes com doença cardíaca coronariana
grave ou estenose dos vasos sanguíneos que irrigam o cérebro.
NOVALGINA deve ser utilizada sob orientação médica em pacientes com insuficiência renal ou hepática, uma
vez que a taxa de eliminação é reduzida nestes pacientes (vide “Posologia e Modo de Usar”).
Lesão hepática induzida por drogas
Casos de hepatite aguda de padrão predominantemente hepatocelular foram relatados em pacientes tratados
com dipirona com início de alguns dias a alguns meses após o início do tratamento. Os sinais e sintomas
incluem enzimas hepáticas séricas elevadas com ou sem icterícia, frequentemente no contexto de outras
reações de hipersensibilidade a drogas (por exemplo, erupção cutânea, discrasias sanguíneas, febre e
eosinofilia) ou acompanhadas por características de hepatite autoimune. A maioria dos pacientes se
recuperou com a descontinuação do tratamento com dipirona; entretanto, em casos isolados, foi relatada
progressão para insuficiência hepática aguda com necessidade de transplante hepático.
O mecanismo de lesão hepática induzida por dipirona não está claramente elucidado, mas os dados indicam um
mecanismo imuno-alérgico.
Os pacientes devem ser instruídos a entrar em contato com seu médico caso ocorram sintomas sugestivos de
lesão hepática. Nesses pacientes, a dipirona deve ser interrompido e a função hepática avaliada.
A dipirona não deve ser reintroduzido em pacientes com um episódio de lesão hepática durante o tratamento
com dipirona para o qual nenhuma outra causa de lesão hepática foi determinada.
Gravidez
A dipirona atravessa a barreira placentária. Não existem evidências de que o medicamento seja prejudicial
ao feto: a dipirona não apresentou efeitos teratogênicos em ratos e coelhos, e fetotoxicidade foi
observada apenas com doses elevadas que foram maternalmente tóxicas. Entretanto, não existem dados
clínicos suficientes sobre o uso de NOVALGINA durante a gravidez.
Recomenda-se não utilizar NOVALGINA durante os primeiros 3 meses da gravidez. O uso de NOVALGINA durante o
segundo trimestre da gravidez só deve ocorrer após cuidadosa avaliação do potencial risco/benefício pelo
médico.
NOVALGINA não deve ser utilizada durante os 3 últimos meses da gravidez, uma vez que, embora a dipirona
seja uma fraca inibidora da síntese de prostaglandinas, a possibilidade de fechamento prematuro do ducto
arterial e de complicações perinatais devido ao prejuízo da agregação plaquetária da mãe e do
recém-nascido não pode ser excluída.
Lactação
Os metabólitos da dipirona são excretados no leite materno. A lactação deve ser evitada durante e por até
48 horas após a administração de NOVALGINA.
Populações especiais
Pacientes idosos: deve-se considerar a possibilidade das funções hepática e renal estarem prejudicadas.
Crianças: o uso de NOVALGINA Supositórios é inadequado em crianças com idade inferior a 4 anos ou pesando menos de 16 kg.
Outros grupos de risco: vide “Contraindicações” e “Advertências”.
Alterações na capacidade de dirigir veículos e operar máquinas
Para as doses recomendadas, nenhum efeito adverso na habilidade de se concentrar e reagir é conhecido.
Entretanto, pelo menos com doses elevadas, deve-se levar em consideração que as habilidades para se
concentrar e reagir podem estar prejudicadas, constituindo risco em situações onde estas habilidades são
de importância especial (ex.: operar carros ou máquinas), especialmente quando álcool foi consumido.
Sensibilidade cruzada
Pacientes que apresentam reações anafilactoides à dipirona podem apresentar um risco especial para reações
semelhantes a outros analgésicos não narcóticos.
Pacientes que apresentam reações anafiláticas ou outras imunologicamente-mediadas, ou seja, reações
alérgicas (ex.: agranulocitose) à dipirona podem apresentar um risco especial para reações semelhantes a
outras pirazolonas ou pirazolidinas.
6. INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS
Indução farmacocinética de enzimas metabolizadoras:
A dipirona pode induzir enzimas metabolizadoras, incluindo CYP2B6 e CYP3A4.
A co-administração de dipirona com substratos do CYP2B6 e/ou CYP3A4, como bupropiona, efavirenz, metadona,
ciclosporina, tacrolimus ou sertralina, pode causar uma redução nas concentrações plasmáticas destes
medicamentos.
Portanto, recomenda-se cautela quando dipirona e substrato de CYP2B6 e/ou CYP3A4 são administrados
concomitantemente; a resposta clínica e/ou os níveis do medicamento devem ser seguidos de monitoramento
terapêutico do medicamento.
valproato: A dipirona pode diminuir os níveis séricos de valproato quando coadministrado, o que pode resultar em eficácia potencialmente diminuída do valproato. Os prescritores devem monitorar a resposta clínica (controle das convulsões ou controle do humor) e considerar o monitoramento dos níveis séricos de valproato, conforme apropriado.
Adicionar dipirona ao metotrexato pode aumentar a hematotoxicidade do metotrexato, particularmente em pacientes idosos. Portanto, esta combinação deve ser evitada.
A dipirona pode reduzir o efeito do ácido acetilsalicílico na agregação plaquetária, quando tomado concomitantemente. Portanto, esta combinação deve ser usada com cautela em pacientes que tomam ácido acetil salicílico em baixas doses para proteção cardiovascular.
Medicamento-alimentos: não há dados disponíveis até o momento sobre a interação entre alimentos e dipirona.
Medicamento-exames laboratoriais: foram reportadas interferências em testes laboratoriais que utilizam reações de Trinder (por exemplo: testes para medir níveis séricos de creatinina, triglicérides, colesterol HDL e ácido úrico) em pacientes utilizando dipirona.
7. CUIDADOS DE ARMAZENAMENTO DO MEDICAMENTO
NOVALGINA deve ser mantida em temperatura ambiente (entre 15 e 30ºC), proteger da luz.
Prazo de validade: 36 meses a partir da data de fabricação.
Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.
Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.
Características físicas e organolépticas
Supositórios branco-amarelados, de forma cilíndrica, com uma das extremidades ovalada.
Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.
Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.
8. POSOLOGIA E MODO DE USAR
Os supositórios devem ser aplicados por via retal (anal).
Instruções para aplicação
Os supositórios de NOVALGINA são indicados especialmente para reduzir a febre ou aliviar a dor em
pacientes com dificuldade para engolir comprimidos e líquidos. NOVALGINA também pode substituir, de acordo
com orientação médica, a aplicação de analgésicos injetáveis.
Para obter a máxima eficácia analgésica/antitérmica de NOVALGINA Supositórios, siga corretamente as
instruções abaixo:
- 1. Mantenha sempre a embalagem do supositório em local fresco. Caso os supositórios se apresentemamolecidos pelo calor, mergulhe a embalagem de alumínio por alguns segundos em água gelada para quevoltem à consistência original.
- 2. Seguindo o picote na embalagem de alumínio destaque apenas o supositório a ser utilizado.
- 3. Antes de aplicar o supositório, lave bem as mãos e, se possível, desinfete-as com álcool.
- 4. A embalagem de alumínio de NOVALGINA já vem com uma pré-abertura que facilita a retirada dosupositório. Basta forçar esta pré-abertura e o supositório sairá, inteiro, pronto para ser usado.
- 5. Com o dedo polegar e o indicador afaste as nádegas e introduza o supositório na cavidade anal.
- 6. Comprima suavemente uma nádega contra a outra, durante alguns segundos, para evitar que o supositóriovolte.
Posologia
NOVALGINA supositório 300 mg: crianças de 4 a 14 anos: 1 supositório até 4 vezes ao dia.
Crianças menores de 4 anos ou pesando menos de 16 kg não devem ser tratadas com supositórios.
A princípio, a dose e a via de administração escolhidas dependem do efeito analgésico desejado e das
condições do paciente. Em muitos casos, a administração oral ou retal é suficiente para obter analgesia
satisfatória.
Quando for necessário um efeito analgésico de início rápido ou quando a administração por via oral ou
retal for contraindicada, recomenda-se a administração por via intravenosa ou intramuscular.
Se o efeito de uma única dose for insuficiente ou após o efeito analgésico ter diminuído, a dose pode ser
repetida respeitando-se a posologia e a dose máxima diária, conforme descrito acima.
O tratamento pode ser interrompido a qualquer instante sem provocar danos ao paciente, inerentes à
retirada da medicação.
Não há estudos dos efeitos de NOVALGINA Supositórios administrada por vias não recomendadas. Portanto, por
segurança e para garantir a eficácia deste medicamento, a administração deve ser somente por via retal.
Populações especiais
Em pacientes com insuficiência renal ou hepática recomenda-se que o uso de altas doses de dipirona seja evitado, uma vez que a taxa de eliminação é reduzida nestes pacientes. Entretanto, para tratamento em curto prazo não é necessária redução da dose. Não existe experiência com o uso de dipirona em longo prazo em pacientes com insuficiência renal ou hepática.
Em pacientes idosos e pacientes debilitados deve-se considerar a possibilidade das funções hepática e renal estarem prejudicadas.
Este medicamento não deve ser partido, aberto ou mastigado.
9. REAÇÕES ADVERSAS
As frequências das reações adversas estão listadas a seguir de acordo com a seguinte convenção:
Reação muito comum (ocorre em mais de 10% dos pacientes que utilizam este medicamento).
Reação comum (ocorre entre 1% e 10% dos pacientes que utilizam este medicamento).
Reação incomum (ocorre entre 0,1% e 1% dos pacientes que utilizam este medicamento).
Reação rara (ocorre entre 0,01% e 0,1% dos pacientes que utilizam este medicamento).
Reação muito rara (ocorre em menos de 0,01% dos pacientes que utilizam este medicamento).
Reação desconhecida (não pode ser estimada a partir dos dados disponíveis).
Distúrbios cardíacos
Síndrome de Kounis (aparecimento simultâneo de eventos coronarianos agudos e reações alérgicas ou
anafilactoides. Engloba conceitos como infarto alérgico e angina alérgica).
Distúrbios do sistema imunológico
A dipirona pode causar choque anafilático, reações anafiláticas/anafilactoides que podem se tornar graves
com risco à vida e, em alguns casos, serem fatais. Estas reações podem ocorrer mesmo após NOVALGINA ter
sido utilizada previamente em muitas ocasiões sem complicações.
Estas reações medicamentosas podem desenvolver-se imediatamente após a administração de dipirona ou horas
mais tarde; contudo, a tendência normal é que estes eventos ocorram na primeira hora após a
administração.
Normalmente, reações anafiláticas/anafilactoides leves manifestam-se na forma de sintomas cutâneos ou nas
mucosas (tais como: prurido, ardor, rubor, urticária, edema), dispneia e, menos frequentemente,
doenças/sintomas gastrintestinais.
Estas reações leves podem progredir para formas graves com urticária generalizada, angioedema grave (até
mesmo envolvendo a laringe), broncoespasmo grave, arritmias cardíacas, queda da pressão sanguínea (algumas
vezes precedida por aumento da pressão sanguínea) e choque circulatório.
Em pacientes com síndrome da asma analgésica, reações de intolerância aparecem tipicamente na forma de
crises asmáticas.
Distúrbios da pele e tecido subcutâneo
Além das manifestações de mucosas e cutâneas de reações anafiláticas/anafilactoides mencionadas acima,
podem ocorrer ocasionalmente erupções medicamentosas fixas; raramente exantema e, em casos isolados,
síndrome de Stevens-Johnson (reação alérgica grave, envolvendo erupção cutânea na pele e mucosas) ou
síndrome de Lyell ou Necrólise Epidérmica Tóxica (síndrome bolhosa rara e grave, caracterizada
clinicamente por necrose em grandes áreas da epiderme. Confere ao paciente aspecto de grande queimadura)
(vide “Advertências e Precauções”). Deve-se interromper imediatamente o uso de medicamentos suspeitos.
Distúrbios do sangue e sistema linfático
Anemia aplástica, agranulocitose e pancitopenia, incluindo casos fatais, leucopenia e trombocitopenia.
Estas reações são consideradas imunológicas por natureza. Elas podem ocorrer mesmo após NOVALGINA ter sido
utilizada previamente em muitas ocasiões, sem complicações.
Os sinais típicos de agranulocitose incluem lesões inflamatórias na mucosa (ex.: orofaríngea, anorretal,
genital), inflamação na garganta, febre (mesmo inesperadamente persistente ou recorrente). Entretanto, em
pacientes recebendo terapia com antibiótico, os sinais típicos de agranulocitose podem ser mínimos. A taxa
de sedimentação eritrocitária é extensivamente aumentada, enquanto o aumento de nódulos linfáticos é
tipicamente leve ou ausente.
Os sinais típicos de trombocitopenia incluem uma maior tendência para sangramento e aparecimento de
petéquias na pele e membranas mucosas.
Distúrbios vasculares
Reações hipotensivas isoladas
Podem ocorrer ocasionalmente após a administração, reações hipotensivas transitórias isoladas
(possivelmente por mediação farmacológica e não acompanhadas por outros sinais de reações
anafiláticas/anafilactoides); em casos raros, estas reações apresentam-se sob a forma de queda crítica da
pressão sanguínea.
Distúrbios renais e urinários
Em casos muito raros, especialmente em pacientes com histórico de doença renal, pode ocorrer piora aguda
da função renal (insuficiência renal aguda), em alguns casos com oligúria, anúria ou proteinúria. Em casos
isolados, pode ocorrer nefrite intersticial aguda.
Uma coloração avermelhada pode ser observada algumas vezes na urina. Isso pode ocorrer devido à presença
do metabólito ácido rubazônico, em baixas concentrações.
Distúrbios gastrintestinais
Foram reportados casos de sangramento gastrintestinal.
Distúrbios hepatobiliares
Lesão hepática induzida por medicamentos, incluindo hepatite aguda, icterícia, aumento das enzimas
hepáticas podem ocorrer com frequência desconhecida (vide “Advertências e Precauções”).
Em casos de eventos adversos, notifique pelo Sistema VigiMed, disponível no Portal da Anvisa.
10. SUPERDOSE
Sintomas
Após superdose aguda foram registradas reações como: náuseas, vômito, dor abdominal, deficiência da função
renal/insuficiência renal aguda (ex.: devido à nefrite intersticial) e, mais raramente, sintomas do
sistema nervoso central (vertigem, sonolência, coma, convulsões) e queda da pressão sanguínea (algumas
vezes progredindo para choque) bem como arritmias cardíacas (taquicardia). Após a administração de doses
muito elevadas, a excreção de um metabólito inofensivo (ácido rubazônico) pode provocar coloração
avermelhada na urina.
Tratamento
Não existe antídoto específico conhecido para dipirona. Em caso de administração recente, deve-se limitar
a absorção sistêmica adicional do princípio ativo por meio de procedimentos primários de desintoxicação,
como lavagem gástrica ou aqueles que reduzem a absorção (ex.: carvão vegetal ativado). O principal
metabólito da dipirona (4-N-metilaminoantipirina) pode ser eliminado por hemodiálise, hemofiltração,
hemoperfusão ou filtração plasmática.
Em caso de intoxicação ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações.
DIZERES LEGAIS
Siga corretamente o modo de usar, não desaparecendo os sintomas, procure
orientação médica.
MS – 1.8326.0351
Farm. Resp.: Ricardo Jonsson
CRF-SP n° 40.796
Registrado e importado por:
Sanofi Medley Farmacêutica Ltda.
Rua Conde Domingos Papaiz, 413 – Suzano – SP
CNPJ 10.588.595/0010-92
Indústria Brasileira
®Marca Registrada
Fabricado por:
Sanofi Medley Farmacêutica Ltda.
Sanofi-Aventis de México, S.A. de C.V.
Acueducto Del Alto Lerma n° 2, C.P. 52740
Zona Industrial Ocoyoacac - Estado de México
IB280121
Esta bula foi aprovada pela Anvisa em 08/03/2021.
Família de produtos Novalgina
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Comprimidos 500mgDupla ação: dor e febre1
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Solução oral (infantil) 50 mg/mL
Saiba mais
USO ADULTO E PEDIÁTRICO ACIMA DE 3 MESES.
- 1 - Bula do medicamento.
- 2 - Wong A, et al. {Fever Pediatric Study Group}. Antipyretic effects of dipyrone versus ibuprofen versus acetaminophen in children: results of a multinational, randomized, modified double-blind study. Clin Pediatr (Phila). 2001 Jun;40(6):313-24.
- 3 - Cada comprimido simples de 1g de Novalginatem 2x mais analgésico que cada comprimido simples de 500mg de Novalgina.