Febrefobia: como lidar com a preocupação que a febre causa

Para muita gente, basta mencionar a palavra febre que já se pensa em doença. Se estivermos falando de crianças, então, a preocupação costuma ser ainda maior1. E esse sentimento levou a um termo já muito comentado por aí:  febrefobia2.

Mas será que é preciso ter todo esse medo em relação à febre? Neste artigo vamos esclarecer quando a febre é realmente preocupante em bebês e crianças e como lidar com a ansiedade em torno do sintoma. Assim, você poderá passar por esses momentos - porque sabemos o quanto é comum as crianças terem febre1 - com mais tranquilidade e segurança. Vamos juntos?

O que é febrefobia?

Antes de mais nada, é preciso ter em mente que a febre, na maioria das vezes, é um sinal inicial de que o corpo está combatendo uma infecção - geralmente causada por vírus2. Ela, por si só, não é uma doença, mas um mecanismo de defesa do nosso organismo, que ajuda a combater esses agentes prejudiciais (que, além de vírus podem ser bactérias, fungos ou suas toxinas)1,2,3.

Por ter essa forte relação com doenças, não é de se estranhar que o sintoma gere uma grande sensação de ansiedade nos pais e cuidadores ao verem suas crianças mais quentinhas que o normal. E isso ainda pode se misturar com um sentimento de insegurança quando a causa da febre não está tão aparente1.

Isso dá espaço para a febrefobia2. Esse termo, a fobia da febre, vem sendo usado desde a década de 1980 pelos médicos e surgiu como uma maneira de descrever a preocupação exagerada de muitos pais com a febre baixa de seus filhos. Aqui, febre baixa é considerada como a temperatura axilar de 38,5°C ou menos3.

Saiba qual é a temperatura normal dos bebês.

E por que isso acontece? Bom, os especialistas da área pediátrica apontam alguns fatores que parecem corroborar para essa aflição dos pais com a febre das crianças. Um dos pontos é que, logo que a temperatura sobe, é difícil saber se o problema que está causando a febre é algo sério ou não4.

Outra razão que está por trás da febrefobia é que existe uma crença antiga de que febres de 39,5°C poderiam causar danos neurológicos nos pequenos e que, sem tratamento medicamentoso, a temperatura poderia subir até 43°C. Há ainda uma grande parcela de pais que acredita que a febre por si só teria efeitos danosos3.

Leia também: conheça todos os tipos de febre.

Então, quando se preocupar com a febre infantil? A febre é sempre sinal de doença infecciosa? E quais são as situações em que a febre pode causar algum dano às crianças? Vamos entender tudo isso a seguir!

Afinal, a febre sempre é sinal de infecção?

Mãe e bebê cochilando de conchinha na cama

Como destaca a Sociedade Brasileira de Pediatria, a febre é um "alarme do nosso organismo, um sinal que estamos enfrentando alguma agressão". E dentre esses agentes agressores, 90% são vírus2.

Mas a febre pode ter relação com outros "inimigos", entre eles bactérias, fungos e suas toxinas. Além disso, há casos em que o aumento da temperatura é causado por agentes não-infecciosos, como tóxicos, drogas e antígenos1. Descubra tudo o que causa febre.

Aqui ainda vale um adendo: nem todo aumento de temperatura corporal é febre. Podemos estar diante de um quadro de hipertermia, por exemplo. Enquanto na febre o corpo aumenta a temperatura para lutar contra a infecção e os microrganismos causadores, na hipertermia o organismo não consegue dissipar o calor5.

Veja o que causa hipertermia, os sintomas e como se cuidar.

Quando se preocupar com a febre infantil?

Pai com bebê no colo dando um beijo no rosto e acariciando a cabeça da criança

Para lidar com a febrefobia que tanto aflige os pais, é fundamental buscar informações confiáveis. Isso significa saber algumas características da febre e reconhecer as situações de alerta, que precisam ser levadas para um pediatra3,6.

Em geral, a febre não é motivo para alarme, especialmente se a criança estiver bem e, principalmente, se ela estiver se hidratando (ingerindo todo tipo líquidos)4. Entretanto, é recomendado procurar um médico imediatamente nas seguintes situações:

  • bebês de até 3 meses com temperaturas acima de 38°C ou abaixo de 35,5°C2;
  • febre de mais de 39,4°C (especialmente se acompanhada de calafrios)1,3;
  • mau estado geral, com abatimento acentuado ou forte indisposição (sonolência, irritabilidade, choro inconsolável, gemência)1,3;
  • pele muito pálida ou moteada3;
  • duração da febre maior que 72 horas (3 dias)1,3;
  • quando a febre estiver acompanhada de sintomas persistentes como dor de cabeça, pele vermelha, dificuldade de dobrar o pescoço, vômitos que não cessam, irritabilidade extrema ou sonolência e dificuldade importante para respirar2.

E quando "medicar" a febre?

No contexto da febrefobia e da preocupação em ver seus filhos doentes, muitos pais podem querer baixar a febre com medicamentos antitérmicos. Porém, é crucial consultar um médico antes de utilizar qualquer remédio e seguir à risca as recomendações quanto à posologia e ao intervalo de uso, evitando o uso excessivo ou inadequado desses medicamentos1,3.

Geralmente, a administração de antitérmicos visa aliviar o desconforto causado pela febre e é feita nos momentos de indisposição acentuada na criança1,3. Conforme a indicação do especialista, saiba que você pode contar com ​Novalgina®️​ para baixar a febre em crianças7-9.

Novalgina®️​ é um medicamento à base de dipirona monoidratada, que atua como antitérmico (para febre) e analgésico (para dor). Com apresentações que atendem quase todas as idades, sua fórmula começa a agir a partir de 30 minutos após a administração e seus efeitos podem durar por cerca de 4 horas7-9.

Para bebês e crianças a partir de 3 meses, quando necessário, você conta com ​Novalgina®️ Gotas​7 e ​Novalgina®️ Solução Oral​, que tem sabor framboesa e já vem com seringa dosadora8. Crianças de 4 a 14 anos também podem contar com ​Novalgina®️ Supositório​, que é ideal para os pequenos que têm dificuldade de engolir líquidos e comprimidos9.

Dicas para aliviar os incômodos da febre

Vez ou outra a febre pode dar as caras por aí. No caso das crianças, principalmente aquelas em idade pré-escolar, é normal que elas tenham várias infecções ao longo do ano - o que pode significar várias febres nesse período1,4.

É possível tomar medidas que ajudam a aliviar os incômodos relacionados à febre. Algumas ações que os pais podem fazer para garantir conforto às crianças incluem:

  • não agasalhar demais nem despir totalmente as crianças3;
  • proteger a criança com um cobertor leve caso ela sinta frio3;
  • manter o ambiente bem ventilado1,3;
  • oferecer líquidos de qualquer natureza com frequência e insistência gentil, de acordo com o gosto e a tolerância da criança1,3;
  • oferecer alimentos de acordo com a aceitação da criança (é natural perder o apetite durante a febre)1,3;
  • se a criança estiver bem, ela pode ficar ao ar livre, sem exposição direta ao sol1,3.

E se no meio do caminho surgir qualquer dúvida, procure conversar com profissionais de saúde para esclarecê-las e obter orientações adequadas.

Além disso, tente manter a calma e não entrar em pânico ao perceber que seu filho está com febre6. Isso vai te ajudar a lidar com a febrefobia e garantir o bem-estar de todos.


Novembro/2023. MAT-BR-2307065

Referências bibliográficas:
  1. Murahovschi. J. A criança com febre no consultório. Jornal de Pediatria. Sociedade Brasileira de Pediatria. Disponível em https://www.scielo.br/j/jped/a/jFq9jVMGQyXns5KqXwLXT7p/?format=pdf&lang=pt. Acesso em 26 de novembro de 2023.
  2. Sociedade Brasileira de Pediatria. Departamento Científico de Pediatria Ambulatorial. Pediatria para Famílias. Febre: Cuidado com a Febrefobia. Disponível em: https://www.sbp.com.br/especiais/pediatria-para-familias/cuidados-com-a-saude/febre-cuidado-com-a-febrefobia/. Acesso em 26 de novembro de 2023.
  3. Blank D. Uso de antitérmicos: quando, como e por quê*. Residência Pediátrica - Sociedade Brasileira de Pediatria. 2011;1(2):31-36. Disponível em: https://www.residenciapediatrica.com.br/detalhes/21. Acesso em 26 de novembro de 2023.
  4. Harvard Health Publishing. Harvard Medical School. When to worry about your child's fever. Disponível em: https://www.health.harvard.edu/blog/worry-childs-fever-2017072512157. Acesso em 26 de novembro de 2023.
  5. Rede D’Or São Luiz. Hipertermia. Disponível em: https://www.rededorsaoluiz.com.br/doencas/hipertermia. Acesso em 30 de novembro de 2023.
  6. Avner J, Baker M. Management of fever in infants and children. Emergency medicine clinics of North America. Disponível em https://www.researchgate.net/publication/11533007_Management_of_fever_in_infants_and_children/link/5b4cde1545851507a7a5abbb/download. Acesso em 26 de novembro de 2023.
  7. Novalgina solução oral 500 mg/mL - Gotas. Bula. Disponível em https://www.novalgina.com.br/produtos/infantil/gotas/bula/. Acesso em 26 de novembro de 2023.
  8. Novalgina solução oral 50mg/mL. Bula. Disponível em https://www.novalgina.com.br/produtos/infantil/solucao-oral/bula. Acesso em 26 de novembro de 2023.
  9. Novalgina Supositório 300 mg. Bula. Disponível em https://www.novalgina.com.br/produtos/infantil/supositorio/bula. Acesso em 06 de novembro de 2023.